Recuperada da Covid-19 após passar nove dias hospitalizada, a vereadora Noemia Rocha (MDB) cobrou da Prefeitura de Curitiba, nesta quarta-feira (18), medidas para conter o aumento no contágio do novo coronavírus. Ela citou os dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que desde o dia 11 de novembro registram mais de 700 casos novos da doença por dia. Naquela data, a SMS estimava haver 4.763 casos ativos na cidade. Ontem, a estimativa tinha subido para 7.449 casos ativos (56% a mais em uma semana). 

“Há a preocupação com uma segunda onda [da doença]. As UPAs estão lotadas e soube de um paciente, no Boqueirão, sendo tratado numa cadeira, há 3 dias. Tem muita gente sem máscara nas ruas”, alertou Noemia Rocha, lembrando que, quando não causa a morte, a Covid-19 deixa sequelas nos recuperados. “Eu posso falar pelo que vivi e é uma doença séria. Eu fiquei com sequelas da Covid-19”, insistiu, durante a sessão plenária na Câmara Municipal de Curitiba (CMC).

Reforçando a preocupação da colega vereadora, Professora Josete (PT) concordou que “não é hora de relaxar”. Na opinião da parlamentar, “a SMS está demorando bastante para retomar a faixa laranja”, o que significaria um aumento das restrições às atividades sociais e comerciais. “Preocupou muito a liberação para [a volta às aulas] das criaças do ensino fundamental, nas séries iniciais, nesse pico de casos. O Conselho Municipal de Educação precisa tomar uma posição”, cobrou.

Depois de Josete atribuir o pico de casos ao feriado de Finados e às campanhas eleitorais, o líder do Executivo na CMC, Pier Petruzziello (PTB), concordou que a escalada do contágio deixa todos preocupados. Ele defendeu que a Secretaria de Saúde tem dado atenção ao tema, “que está se dedicando para vencer essa onda”, mas que isto “depende acima de tudo da população”.