Vereadora tenta reduzir violência contra mulher

por Assessoria Comunicação publicado 09/03/2005 16h40, última modificação 19/05/2021 16h56
“A violência é um dos maiores problemas enfrentados pela sociedade brasileira, fruto de condições sócio-econômicas profundamente desiguais, de corrupção e da tradição da impunidade”, disse a vereadora Professora Josete (PT), ao fazer uso da tribuna na terça-feira (8). “A violência de gênero é um fenômeno mundial, que atinge diferentes segmentos de mulheres e é fruto de uma cultura patriarcal”, falou Josete.
Segundo a parlamentar, pesquisa da Fundação Abramo com 2.500 mulheres revelou que uma em cada cinco mulheres declarou ter sofrido algum tipo de violência por parte do sexo masculino e que grande parte das agressões (acima de 50%), dos companheiros e maridos. Embora, na década de 90, os movimentos de mulheres tenham conquistado importantes avanços no enfrentamento à violência, com a criação das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, que hoje somam 300, e das 80 Casas Abrigo, além dos serviços telefônicos de referências, a oferta ainda é insuficiente.
Em Curitiba não existem centros de referência que possam oferecer apoio às mulheres vítimas de agressão e aos homens agressores com o intuito de superar a violência. “Assim, as vítimas enfrentam dificuldades para conhecer seus direitos, garanti-los e ter apoio nos momentos de crise ou ameaça”, disse a vereadora, complementando que a única casa abrigo da cidade é a Pousada de Maria, que acolhe as vítimas e que a entidade não consegue atender a demanda . “A falta de vagas demonstra a pouca importância conferida pelo poder público” comentou.
Projetos
“Protocolei dois projetos na tentativa de minimizar o problema”. Um deles institui o programa municipal de expansão de casas abrigo, para a ampliação do número de vagas para as curitibanas vítimas da violência. O outro, institui o programa de centros de referência para o atendimento à mulher, para ajudar a constituir rede de atendimento e proteção, com a implantação de um centro em cada regional do município, nas Ruas da Cidadania ou outros espaços que facilitem a articulação desses centros com a Fundação de Ação Social (FAS) e os Conselhos Tutelares” justificou a Professora. “Muitas mulheres permanecem excluídas e têm seus direitos negados pela falta de encaminhamento que necessitam”, concluiu a parlamentar.