Vereadora se prepara para seminário do lixo

por Assessoria Comunicação publicado 14/09/2007 17h05, última modificação 17/06/2021 09h58
A presidente da Comissão de Urbanismo da Câmara de Curitiba, vereadora Roseli Isidoro (PT), esteve no aterro sanitário da Caximba, na manhã desta sexta-feira (14). A iniciativa da parlamentar é para incrementar seu conhecimento sobre o processo de tratamento do lixo, que será tema de seminário no Legislativo na próxima semana. “No seminário, vamos buscar alternativas para o problema dos lixos, destinando adequadamente os resíduos sólidos produzidos nos municípios participantes do consórcio”, disse.
A Caximba recebe resíduos de 14 municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Almirante Tamandaré, Araucária, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Campo Magro, Colombo, Contenda, Fazenda Rio Grande, Itaperuçu, Pinhais, Piraquara, São José dos Pinhais, Mandirituba e Quatro Barras), integrantes do consórcio. “O aterro, que recebe diariamente 23 toneladas de lixo, tem previsão de vida útil até o ano que vem”, disse o diretor do Departamento de Limpeza Pública, Nelson Xavier Paes, explicando, que, mesmo depois de saturado, o aterro deverá ter manutenção por mais 30 anos. “O local que recebe o lixo é totalmente impermeabilizado”, comenta.
Chorume
Já a engenheira sanitarista Carolina Tozetto afirmou que o maior desafio é com o tratamento do chorume, o líquido gerado pela degradação dos resíduos e que contém alta carga poluidora. O processo de tratamento, entretanto, tem controle rigoroso no Caximba. “Os efluentes, após passarem pelo sistema de tratamento e com redução de sua carga orgânica em torno de 89 a 92%, são lançados nos rios, sem qualquer perigo de dano ao meio ambiente. Já os gases resultantes da decomposição da matéria orgânica são queimados”, explica.
Os problemas ambientais com a descarga de resíduos sólidos em locais inadequados foram alertados por Xavier Paes, destacando-se a alteração na qualidade do ar por causa da emanação de gases e poeiras, poluição nas águas superficiais e do subsolo pelo chorume e migração de gases, a estética do solo devido ao espalhamento do lixo, além de atrair insetos e roedores nocivos à saúde da comunidade.
O diretor comentou, ainda, que em Curitiba apenas 21% do lixo é reciclado. “O índice ideal é de 40%. É preciso conscientizar a população da importância da reciclagem”, finalizou.
A visita foi acompanhada por grupo de estudantes.