Vereadora pede que GM volte a acompanhar Rede de Proteção Animal
O trabalho da Rede de Proteção Animal, programa da Prefeitura de Curitiba, foi discutido na sessão desta terça-feira (22) da Câmara de Vereadores. Fabiane Rosa (PSDC) abriu o debate. Segundo ela, “na gestão passada tínhamos o apoio de quatro guardas municipais” aos fiscais, durante a verificação de denúncias de maus-tratos, o que atualmente não estaria ocorrendo mais.
A parlamentar argumentou que o apoio da Guarda Municipal é necessário porque há casos em que o denunciado trata os fiscais com agressividade, ou não os recebe. “Hoje foi publicada uma matéria que diz que a cada hora há uma denúncia de maus-tratos a animais, são 25 por dia, e muitas não são atendidas porque só temos dois fiscais na Rede de Proteção. Isso vai se protelando, mas um animal espancado não pode esperar 15 dias, 20 dias, 1 mês. Até lá já morreu. Existem também as carroças, que continuam circulando na cidade, levando os animais à exaustão e até à morte”, afirmou Fabiane.
Em aparte à oradora, Katia Dittrich (SD) relatou que acompanhou uma fiscalização de maus-tratos a animais e se deparou com abuso sexual a uma criança. “Na gestão anterior, quando foi criada a rede, havia 12 guardas, mas esse número foi diminuindo”, apontou. Fabiane acrescentou que, de acordo com um estudo feito nos Estados Unidos, agressores de animais cometem outros crimes violentos.
“Temos a causa. Infelizmente os animais de rua vão se proliferando. O castramóvel ultimamente está funcionando vagarosamente. Acho que teríamos que abraçar esta causa”, complementou Helio Wirbiski (PPS), que sugeriu a destinação de emendas para a castração. “São três os pilares: esterilização, punição a quem maltrata e abandona, e educação para a guarda responsável. E sempre digo que não existem animais de rua, existem animais na rua”, respondeu Fabiane. Mestre Pop e Dr. Wolmir Aguiar, ambos do PSC, também participaram do debate.
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