Vereador tem projeto em defesa dos direitos humanos

por Assessoria Comunicação publicado 27/07/2005 15h55, última modificação 27/05/2021 10h22
O vereador Reinhold Stephanes Júnior (PMDB) apresentou na Câmara de Curitiba projeto de lei que cria o Conselho Municipal de Política Racial, órgão que visa garantir a promoção, proteção e defesa dos direitos humanos, desenvolvendo políticas públicas em prol dos afro-descendentes (negros e pardos). “São deveres do Estado promover e proteger todos os direitos humanos e liberdades fundamentais dos cidadãos, sejam quais forem seus sistemas políticos, econômicos e culturais.
A criação do Conselho se insere no contexto do Programa Nacional de Direitos Humanos, aprovado pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos e pela Organização das Nações Unidas”, afirma o parlamentar.
O Conselho de Política Racial terá como funções pesquisar, estudar e propor soluções para problemas referentes ao cumprimento dos tratados e convenções de combate ao racismo e preconceito, receber e encaminhar aos órgãos competentes denúncias, reclamações e representações, além de propor às autoridades a instauração de sindicâncias, inquéritos e processos administrativos ou judiciais para a apuração de responsabilidades por violações dos direitos dos afro-descendentes.
Membros
O Conselho Municipal de Política Racial será composto por um representante da Câmara de Curitiba, sete representantes das entidades da sociedade civil organizada (Instituto 21 de Março – Consciência Negra e Direitos Humanos, Egbé Òrun Àiyê, Afro Globo – Fórum Global, Instituto Ilu Ayê Odara, Acnap, IPAD – Instituto de Pesquisa da Afro-descendência e MH2O – Movimento Hip Hop Organizado) e oito representantes dos órgãos institucionais (NEAB/UFPR – Núcleo de Ensino Afro-Brasileiro, Comissão de Direitos Humanos da OAB, Defensoria Pública do Estado, Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, Curso de Direito de instituição de ensino, Conselho Regional de Psicologia – Comissão de Direitos Humanos e Conselho Regional de Serviço Social – Comissão de Ética).
O autor do projeto lembra que os negros são historicamente marginalizados e ainda hoje sofrem discriminação por parte da sociedade, dos órgãos da administração pública e privada e das Polícias Civil e Militar. “A eliminação rápida e abrangente de todas as formas de racismo e discriminação racial, de xenofobia e de intolerância associadas a esses comportamentos deve ser uma tarefa prioritária. Os governos federal, estadual e municipal devem tomar medidas eficazes para preveni-las e combatê-las”, conclui Stephanes Júnior.