Vereador solicita balanço contábil de empresas de transporte
O vereador Bruno Pessuti (PSC) solicitou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Coletivo de Curitiba a cópia dos balanços contábeis dos consórcios e empresas que operam a Rede Integrada de Transporte. Relator da CPI, o parlamentar pede que os balanços sejam detalhados de forma analítica, isto, é discriminando cada rubrica das receitas e despesas. Os períodos solicitados compreendem os anos de 2010, 2011 e 2012 e os balanços mensais de 2013.
O pedido foi protocolado na sexta-feira (19), um dia após a reunião da CPI, em que o representante do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo (Setransp), Antônio Vellozo, afirmou que as empresas têm prejuízos com a operação do sistema.
Quilometragem ociosa
Para o vereador, a quilometragem ociosa deveria ser considerada uma despesa no sistema, incidindo sobre ela apenas os custos de rodagem, combustível/lubrificantes e pessoal/encargos, pois não está sendo realizada a atividade fim do contrato que é o transporte de passageiros. " Na forma como é feito hoje, as operadoras lucram quando o ônibus não está em seu itinerário", observou Pessuti.
Por quilometragem ociosa entende-se o trajeto entre a garagem das empresas e o terminal, no início do dia e no final dos trabalhos. Segundo o vereador, a quilometragem ociosa corresponde, por contrato, a 6% de toda a quilometragem total percorrida. A URBS repassa o valor integral do custo por quilômetro, onde estão inclusos custos de administração e a rentabilidade.
Cálculos preliminares indicam que a quilometragem ociosa chega a mais de 709 mil quilômetros por mês, com um custo estimado pela planilha atual de R$4,2869 por quilômetro - o que totalizaria mais de R$ 3 milhões. “Considerar a quilometragem ociosa como uma despesa, na forma preliminarmente calculada, reduziria o custo total mensal em R$ 1,2 milhão. Considerando os valores atuais da planilha, essa alteração poderia reduzir a tarifa técnica de R$2,99 para R$ 2,95, ou seja, uma redução de R$0,04 que é maior que a redução do ICMS no combustível”, concluiu Bruno Pessuti.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba