Vereador sai às ruas de bicicleta e verifica dificuldades
O vereador Professor Galdino (sem partido) é conhecido em Curitiba por caminhar todos os dias pelo centro da cidade, conversando com a população. Na última semana, saiu às ruas como de hábito, mas, desta vez, foi de maneira diferente. Acompanhou membros do Movimento Bicicletada de Curitiba com o objetivo de ver de perto as dificuldades enfrentadas diariamente pelos ciclistas urbanos. O parlamentar partiu com o grupo de bicicleta do bairro Alto da Glória em direção à Linha Verde.
No percurso, alguns problemas foram apontados. “Trechos cicloviários em péssimas condições são alguns dos exemplos”, diz Galdino. É o caso da ciclovia paralela à rua João Negrão, da Silva Jardim até a Marechal Floriano Peixoto, no bairro Prado Velho. Em diversos trechos, está com grandes rachaduras e elevações. “Um perigo para os ciclistas e também para os pedestres que utilizam o caminho”, avalia.
Na Linha Verde, segundo o vereador, o problema não é a condição das ciclovias, mas os inúmeros cortes e desvios no caminho. O ciclista que segue sistematicamente a via destinada a quem pedala é obrigado a fazer diversas “travessias em S”. Do canteiro central deve ir para as calçadas laterais, onde atravessa mais um cruzamento antes de retornar à ciclovia central, cruzando mais uma vez a avenida principal. Nos trechos não há sinalização adequada, nem sincronização de semáforos para que toda a passagem seja feita. O parlamentar conta ter presenciado vários ciclistas por lá utilizando a via destinada aos automóveis e fazendo pouco caso da ciclovia. “Estou com pressa”, justificou um deles.
Luis Patricio, que também acompanhou o vereador e é membro do Grupo Transporte Humano, diz que algumas adaptações simples poderiam colaborar para que mais pessoas usassem a bicicleta. “A instalação de paraciclos e bicicletários em áreas centrais e próximo aos terminais de ônibus já seriam incentivo”, afirma.
Outra medida simples, mas essencial para a segurança de quem pedala, é a adequação da sinalização nos locais de passagem de ciclistas – a inclusão de faixas de travessia onde há cortes de ciclovia e a instalação de semáforos para ciclistas e pedestres em cruzamentos perigosos. “A avenida Mariano Torres é um dos principais exemplos de perigo para quem caminha e pedala, por causa da falta de sinalização específica. O cruzamento com a Visconde de Guarapuava é um dos trechos onde ocorrem mais acidentes. Ali, quem segue pela ciclovia tem que se arriscar entre carros e ônibus, que, para piorar, muitas vezes ainda param sobre a faixa de pedestres”, constata.
Vilão
Outro grande vilão que impede mais pessoas de saírem às ruas de bicicleta é a falta de respeito pelos ciclistas . “A bicicleta não é levada a sério nesta cidade. Falta consciência e educação de um modo geral, não só por parte dos motoristas”, afirma Patricio. Ele defende “uma campanha continuada de conscientização, que venha amparada pelo tripé educação, fiscalização e punição.”
O companheiro de bicicletadas, Goura Nataraj, lembra que o Código de Trânsito prevê a bicicleta como um meio de transporte que deve ser respeitado, “mas na prática isso não acontece.” Nataraj ressalta que “é dever do poder público orquestrar as mudanças necessárias para que a bicicleta seja incorporada e ganhe visibilidade no dia-a-dia da cidade.”
Frota
De acordo com dados do Detran-PR, de maio deste ano, Curitiba tem hoje uma frota de mais de 1,1 milhão de veículos registrados. Entre eles, são mais de 800 mil carros. Os números mostram que há na cidade uma média de um carro para cada dois habitantes.
Na contramão desta tendência, os ciclistas buscam mais espaço nas ruas e reforçam o uso da bicicleta como uma alternativa para os problemas de trânsito e poluição na capital. “A bicicleta é uma alternativa real, porque, além de ocupar menos espaço, não polui, faz bem à saúde e é acessível a todos”, diz Goura Nataraj.
Projetos
Professor Galdino estuda requerimentos e projetos a serem apresentados à prefeitura e à Câmara de Curitiba. O objetivo é incentivar o uso da bicicleta e dar mais atenção aos ciclistas. O vereador, que já morou no Japão e em diversos países europeus – lugares onde a bicicleta possui um espaço muito maior nas ruas, diz que é preciso mudanças. “Vivi em muitas cidades em que as pessoas usam diariamente a bicicleta para ir ao trabalho, à escola e para lazer. Essa é uma tendência, principalmente nas grandes metrópoles européias. Curitiba não pode ficar para trás”, afirma.
No percurso, alguns problemas foram apontados. “Trechos cicloviários em péssimas condições são alguns dos exemplos”, diz Galdino. É o caso da ciclovia paralela à rua João Negrão, da Silva Jardim até a Marechal Floriano Peixoto, no bairro Prado Velho. Em diversos trechos, está com grandes rachaduras e elevações. “Um perigo para os ciclistas e também para os pedestres que utilizam o caminho”, avalia.
Na Linha Verde, segundo o vereador, o problema não é a condição das ciclovias, mas os inúmeros cortes e desvios no caminho. O ciclista que segue sistematicamente a via destinada a quem pedala é obrigado a fazer diversas “travessias em S”. Do canteiro central deve ir para as calçadas laterais, onde atravessa mais um cruzamento antes de retornar à ciclovia central, cruzando mais uma vez a avenida principal. Nos trechos não há sinalização adequada, nem sincronização de semáforos para que toda a passagem seja feita. O parlamentar conta ter presenciado vários ciclistas por lá utilizando a via destinada aos automóveis e fazendo pouco caso da ciclovia. “Estou com pressa”, justificou um deles.
Luis Patricio, que também acompanhou o vereador e é membro do Grupo Transporte Humano, diz que algumas adaptações simples poderiam colaborar para que mais pessoas usassem a bicicleta. “A instalação de paraciclos e bicicletários em áreas centrais e próximo aos terminais de ônibus já seriam incentivo”, afirma.
Outra medida simples, mas essencial para a segurança de quem pedala, é a adequação da sinalização nos locais de passagem de ciclistas – a inclusão de faixas de travessia onde há cortes de ciclovia e a instalação de semáforos para ciclistas e pedestres em cruzamentos perigosos. “A avenida Mariano Torres é um dos principais exemplos de perigo para quem caminha e pedala, por causa da falta de sinalização específica. O cruzamento com a Visconde de Guarapuava é um dos trechos onde ocorrem mais acidentes. Ali, quem segue pela ciclovia tem que se arriscar entre carros e ônibus, que, para piorar, muitas vezes ainda param sobre a faixa de pedestres”, constata.
Vilão
Outro grande vilão que impede mais pessoas de saírem às ruas de bicicleta é a falta de respeito pelos ciclistas . “A bicicleta não é levada a sério nesta cidade. Falta consciência e educação de um modo geral, não só por parte dos motoristas”, afirma Patricio. Ele defende “uma campanha continuada de conscientização, que venha amparada pelo tripé educação, fiscalização e punição.”
O companheiro de bicicletadas, Goura Nataraj, lembra que o Código de Trânsito prevê a bicicleta como um meio de transporte que deve ser respeitado, “mas na prática isso não acontece.” Nataraj ressalta que “é dever do poder público orquestrar as mudanças necessárias para que a bicicleta seja incorporada e ganhe visibilidade no dia-a-dia da cidade.”
Frota
De acordo com dados do Detran-PR, de maio deste ano, Curitiba tem hoje uma frota de mais de 1,1 milhão de veículos registrados. Entre eles, são mais de 800 mil carros. Os números mostram que há na cidade uma média de um carro para cada dois habitantes.
Na contramão desta tendência, os ciclistas buscam mais espaço nas ruas e reforçam o uso da bicicleta como uma alternativa para os problemas de trânsito e poluição na capital. “A bicicleta é uma alternativa real, porque, além de ocupar menos espaço, não polui, faz bem à saúde e é acessível a todos”, diz Goura Nataraj.
Projetos
Professor Galdino estuda requerimentos e projetos a serem apresentados à prefeitura e à Câmara de Curitiba. O objetivo é incentivar o uso da bicicleta e dar mais atenção aos ciclistas. O vereador, que já morou no Japão e em diversos países europeus – lugares onde a bicicleta possui um espaço muito maior nas ruas, diz que é preciso mudanças. “Vivi em muitas cidades em que as pessoas usam diariamente a bicicleta para ir ao trabalho, à escola e para lazer. Essa é uma tendência, principalmente nas grandes metrópoles européias. Curitiba não pode ficar para trás”, afirma.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba