Vereador repudia agressão a cinegrafista

por Assessoria Comunicação publicado 31/10/2007 18h20, última modificação 18/06/2021 06h45
“Durante 20 anos, o país sofreu com a ditadura militar e muitas pessoas morreram na luta pela democracia e pelos direitos em viver em um Brasil melhor. O papel dos jornalistas foi fundamental por esta busca de liberdade. Vladimir Herzog, jornalista paulista, foi covardemente assassinado nos corredores do antigo DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna), depois de ser humilhado e torturado. A imagem do falso suicídio utilizando-se do próprio cinto, preso à janela da cela e montada pelos assassinos e torturadores, foi de uma afronta injustificável à liberdade de expressão. Ficou clara a violência do assassinato do jornalista. O incidente foi a linha divisória das relações entre a imprensa e a ditadura militar e certamente o começo desta democracia existente hoje.” O comentário é do vereador Pastor Gilso de Freitas (PSDB), ao analisar a agressão ao cinegrafista Humberto Vendramel, da Rede Paranaense de Televisão.
O profissional foi agredido com um soco no rosto, quando estava no exercício de sua profissão, pelo advogado Eudes Martinho Rodrigues. “Mais surpreendente foi saber que, durante a agressão, Rodrigues não foi preso em flagrante pelos policiais que estavam na operação de fechamento de uma casa de bingo. Quanto a Humberto Vendramel, não deve desistir de buscar justiça e com certeza tem o apoio de todos, inclusive o meu”, disse.
A Câmara de Curitiba aprovou por unanimidade o pedido de investigação do Conselho de Ética da OAB e punição ao agressor e apoio ao cinegrafista, “que estava no livre direito de desempenhar as suas funções profissionais”. Gilso de Freitas ainda disse que  “é necessário resistir às ações que tentam abater a liberdade de imprensa” , além de exigir das autoridades competentes coibir com rigor máximo a ação de pessoas como a do agressor em questão. “A sociedade foi agredida no seu direito de ser informada. A atitude do advogado nos remete a lembranças assustadoras pertencente a um passado não muito distante que nenhum democrata deseja ver renascido no País”, completou o parlamentar.