Vereador quer redução da maioridade penal

por Assessoria Comunicação publicado 31/08/2007 17h30, última modificação 17/06/2021 09h15
O vereador José Roberto Sandoval (PTB) ocupou a tribuna da Câmara, nesta semana, para registrar sua indignação com o brutal assassinato da estudante Ana Claudia Caron. A vítima, 18 anos, cursava educação física na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e teve seu corpo carbonizado e jogado próximo a uma torre de energia da Copel, em Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba.
O parlamentar, que defende a prisão perpétua para crimes hediondos e a redução da maioridade penal, lembrou de outros crimes também cometidos por menores de idade e disse que é preciso reabrir o debate sobre a maioridade penal no País, estabelecida desde a Constituição de 1988. “O fato de um dos adolescentes cometer o crime quatro dias antes de completar 18 anos, faz com que ele não seja punido como deveria. Isso está certo?”, questionou Sandoval. O vereador se comprometeu ainda a lutar para que a proposta que reduz a maioridade penal seja aprovada.
Para o líder do prefeito, Mario Celso Cunha (PSDB), o crime foi fruto de uma sociedade violenta e do uso cada vez mais intenso de drogas. “Um crime hediondo, revoltante”, opinou. O líder também falou sobre a dificuldade da reabilitação desses infratores. “O jovem não quer trabalhar pelo salário mínimo porque muitas vezes consegue receber a mesma quantia em uma hora vendendo droga”, lamentou o vereador.
“A segurança precisa ser pensada de maneira repressiva”, considerou Serginho do Posto (PSDB), ao destacar que na região metropolitana ocorrem em média 20 homicídios por final de semana. Elias Vidal (PDT) sugeriu toque de recolher, empregos específicos para adolescentes com 12 anos e mudança na Constituição.
Para Pedro Paulo (PT),  é preciso pensar nas causas e “não apenas atacar as conseqüências”. Informou que governo federal desenvolve o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), que tem como público alvo o jovem. “É difícil manter políticas públicas efetivas, mas não é impossível. O debate tem que continuar para que a luta realmente se efetive”, concluiu.