Vereador quer avaliar rede de transporte

por Assessoria Comunicação publicado 21/03/2007 19h25, última modificação 15/06/2021 10h01
O plenário da Câmara de Curitiba voltou a discutir sobre a RIT, Rede Integrada do Transporte Coletivo de Curitiba e Região Metropolitana, na tarde desta terça-feira (20). O vereador Jair Cézar (PTB) deu início ao assunto, com a aprovação do seu pedido de informações à Urbs (administradora do sistema) para saber mais detalhes que podem vir a compor a planilha de tarifas.
O parlamentar adiantou que dia 3 de abril haverá reunião no Sidimoc (Sindicato de Motoristas e Cobradores) para analisar a questão, que envolve operação de linhas urbanas e metropolitanas, condições de trabalho “e possíveis distorções de operação em linhas da RIT que não vêm a Curitiba”, segundo ele. Jair Cézar afirmou que recebeu documento sobre “linhas do transporte que, mesmo estando dentro da rede, não fazem ligação entre terminais urbanos e metropolitanos, ficando apenas na RMC”. Para o vereador, que não concorda com a tarifa única, ou social como é conhecida, “o transporte de Curitiba tem que ser passado a limpo, para que não sirva de mote político”.
Apartes
O assunto levantado pelo parlamentar deu margem à participação de diversos vereadores interessados em verificar as condições de operação do sistema. André Passos (PT) foi incisivo: “é relevante e de fundamental importância que tais informações sejam esclarecidas, assim como as conclusões posteriores. Se a cidade está subsidiando tarifas na RMC, nós precisamos saber”. Passos fez uma análise sobre o impacto social da política de transporte coletivo, reconhecendo que “a possibilidade de integração é algo positivo”. Roseli Isidoro (PT) foi favorável à votação do pedido de informações e disse que “toda e qualquer discussão para análise do sistema de transporte, tornando-o o mais social possível, deve ser acompanhada pelos vereadores”. Para Professora Josete, “a questão da mobilidade urbana é central e urbana”.
Valdenir Dias (PMDB) opinou que o subsídio não existe e a tarifa é dividida igualmente. O vereador citou o exemplo de Campo Largo, onde 50% dos trabalhadores residem em Curitiba, pagando os impostos da cidade e utilizando o transporte coletivo para ir ao município vizinho.
Na visão do vereador Luis Ernesto (PSDB), a favor da integração do transporte, “se há subsídios, temos que saber quem paga. Teoricamente, quem mora mais perto, paga mais. Temos, no entanto, que integrar o máximo possível”, concluiu. Já o vereador Elias Vidal, também favorável à tarifa social, considerou que “são mínimas as reclamações em contrapartida ao benefício do sistema integrado”. Para ele, o sistema só deve ser aperfeiçoado, como propõe o prefeito Beto Richa.
Nova lei
A proposta entregue pelo prefeito Beto Richa para substituir a lei em vigor, de outubro de 1990, está tramitando na Câmara. O grupo, formado pelos presidentes das comissões permanentes da Casa e demais parlamentares, já traçou um comparativo entre a legislação atual e o novo projeto e ouviu a Procuradoria Geral do Município e a Urbs, que elaboraram o documento, além do Ippuc, o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba. A Urbs e o Ippuc já disponibilizaram alguns importantes dados sobre a evolução e operação do sistema de transporte e o planejamento urbano da cidade. Entre outras determinações, a proposta da nova lei geral prevê o processo licitatório como requisito para a delegação do serviço de transporte a terceiros.