Diabéticos em tratamento na rede pública de saúde de Curitiba podem receber mensalmente adoçantes líquidos. O projeto, apresentado na Câmara de Curitiba, é de autoria do vereador Pedro Paulo (PT), que pretende garantir o benefício aos portadores de diabetes. Conforme o documento, o Executivo deverá distribuir o produto a cada 60 dias, com a composição de acordo com as especificações do Ministério da Saúde e acompanhado de folheto explicativo.
Segundo o parlamentar, a medida ajudará no controle da doença. “Trata-se de um componente imprescindível ao controle do diabetes”, disse, lembrando que diariamente cidadãos encontram dificuldades em utilizar o adoçante de boa qualidade em sua dieta, em decorrência de suas condições financeiras. “O município estaria contribuindo de forma eficaz no tratamento, sem comprometer o orçamento público, tendo em vista o baixo custo da medida”, acrescentou.
No projeto, Pedro Paulo sugere que as despesas decorrentes desta lei fiquem por conta das dotações orçamentárias consignadas no orçamento e suplementadas, se necessário.
Definição
Conforme a Associação Nacional de Assistência ao Diabético, o diabetes é uma doença resultante da incapacidade do organismo em manter o nível de açúcar no sangue (glicemia) dentro dos limites normais. Quando não tratados, estes níveis de glicose tornam-se excessivos, causando graves problemas de saúde. Por isso, é de grande importância fazer exames para verificar a taxa de açúcar no sangue e consultar um médico ou nutricionista. Um dos aspectos fundamentais do tratamento do diabetes é a alimentação.
No Brasil, acomete aproximadamente 10% da população entre 30 e 69 anos, atingindo entre 9 a 10 milhões de pessoas, sendo que apenas de 5 a 6 milhões conhecem sua situação, ou seja, praticamente a metade está sem diagnóstico.
A doença se manifesta pelo aparecimento de vários sinais e sintomas ao mesmo tempo. Entre eles, urinar muitas vezes, durante o dia e à noite, em grande quantidade, sede exagerada, obesidade, perda de peso, muita fome, piora da visão, furúnculos freqüentes, cicatrização difícil e infecções de pele, impotência sexual e pressão arterial alta.
Grupo de risco
Familiares diabéticos, obesos,  terceira idade, hipertensos e mães que tiveram crianças com 4 kg ou mais fazem parte do grupo de risco e precisam fazer exames periódicos.