Vereador faz alerta sobre as calçadas
As conclusões do 3º Seminário Paranaense de Calçadas foram registradas na Câmara Municipal de Curitiba pelo vereador Mario Celso Cunha (PSB), como contribuição ao debate sobre este que é um dos grandes problemas das metrópoles brasileiras, segundo justificou.
O vereador destacou pesquisa apresentada no evento, nas principais cidades do Paraná, que mostra que de cada dez calçadas no Estado, seis são inadequadas. De acordo com a legislação, os proprietários de terrenos particulares são responsáveis pela execução e conservação de suas calçadas. Caso a calçada não seja construída, a prefeitura poderá executar a obra e cobrar do proprietário pelo serviço, acrescido de multas e juros. Nos terrenos públicos quem constrói e mantém a calçada é a prefeitura.
Conseqüências
Mario Celso destacou dados apresentados no evento, mostrando que a falta ou a má conservação das calçadas levam a sérias conseqüências, como lesões, incapacidade temporária ou definitiva e até mesmo a morte. Disse ainda que pesquisa realizada na aglomeração urbana de São Paulo revelou nove quedas por grupo de mil habitantes, a um custo médio em torno de R$ 2,5 mil por queda. Aplicando isso à população urbana do Brasil, de quase 138 milhões de habitantes, chega-se a um custo total das quedas e tropeços nas cidades de R$ 3,1 bilhões de reais.
O vereador disse também que estatísticas mostram que, em 90% do tempo que nós gastamos caminhando, estamos em uma calçada e que 50% dos atropelamentos acontecem porque pedestres caminham pelas ruas, face aos riscos de tropeços, entorses e quedas nas calçadas. A má conservação se transforma, assim, num problema de infra-estrutura urbana, que acaba se transformando em problema de trânsito, à medida que é um fator de risco causador de acidentes.
Para Mario Celso, não apenas a Prefeitura adotando o rigor da lei e promovendo ações efetivas para recuperar as calçadas da capital mas a população precisa estar alerta para este problema, que, a princípio, pode parecer menor mas que, na verdade, cresce em velocidade superior ao próprio desenvolvimento da cidade.
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