Vereador esclarece sobre dívida da Urbs

por Assessoria Comunicação publicado 24/02/2010 16h50, última modificação 28/06/2021 16h18
O vereador Mario Celso Cunha (PSB) fez, nesta quarta-feira (24), alguns esclarecimentos sobre a dívida da Urbs com as empresas de transporte coletivo de Curitiba. “A dívida reconhecida em cartório pelo ex-presidente Sérgio Galante Tocchio realmente existe”, disse. Segundo o líder do prefeito, “ela será zerada a partir da licitação. A Câmara já aprovou todo o processo de licitação e um dos seus artigos deixa claro que, se a vencedora for empresa de fora, terá que pagar este montante de R$ 252 milhões, que é o valor da outorga. Se for empresa local, haverá o encontro de contas e zeramento da dívida. É o custo para entrar na operação do sistema.” Ele explicou ainda que, “por esta inteligente engenharia financeira da licitação, quem paga são os vencedores da licitação, o que significa que nem Urbs e nem usuários serão prejudicados, pelo contrário.”
Mario Celso avaliou que quem defende o pagamento neste momento indiretamente apoia as empresas, mas fica contra os trabalhadores usuários do sistema, pois a quitação agora impossibilita manter o preço atual da passagem, já que a receita vem do próprio transporte coletivo. Pagamento da dívida gera automaticamente aumento na tarifa, subindo o preço da passagem. Mario Celso afirmou que, “com a licitação, os vencedores arcam com esta dívida, não havendo repasse para o usuário, que terá mantido o preço da passagem neste momento.”
O pagamento às empresas operadoras de transporte é feito diariamente, com dez dias de prazo. Ou seja, no dia 11, paga-se o valor recolhido no dia 1º e assim sucessivamente. Em 1º de junho de 2004, em função do débito existente, a Urbs reiniciou o pagamento. Assumiu a dívida anterior, passando, a partir dali, a fazer o pagamento em dia. O vereador lembrou que “foi formada uma Comissão de Estudos Tarifários (Decreto 386/05), que avaliou todo o sistema e, após cinco meses de discussões, decidiu rever o pagamento das empresas. A orientação do prefeito Beto Richa sempre foi a de buscar a redução da tarifa, considerando o transporte coletivo um serviço essencial, com comprometimento com os usuários do sistema”.
Comissão
A Comissão de Estudos Tarifários é integrada por representantes da Urbs, Procuradoria Geral do Município, Secretaria Municipal de Finanças, Universidade Federal do Paraná, PUC-PR, Ministério Público, Ordem dos Advogados, Sindicato dos Motoristas e Cobradores, Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano, Comec e Câmara Municipal de Curitiba.
Mario Celso destacou também que, embora haja integração metropolitana no transporte, o ônus da tarifa, que busca o equilíbrio do sistema, é apenas do prefeito de Curitiba, não compartilhado com o Estado e municípios beneficiados. “A integração metropolitana gera um déficit ao Fundo de Urbanização de Curitiba de R$ 4,5 milhões mensais”, completou.