Vereador entra na discussão sobre a gestão do lixo

por Assessoria Comunicação publicado 14/11/2007 11h35, última modificação 18/06/2021 07h53

A autorização que a Assembléia Legislativa deu ao governo do Estado para entrar no ramo do lixo nas regiões metropolitanas foi questionada nesta quarta-feira (14), na Câmara Municipal, pelo vereador Mario Celso Cunha (PSB). "Em Curitiba, esta questão vem sendo bem resolvida pelo prefeito Beto Richa e pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, tanto que o edital será lançado no próximo dia 28, com a participação da capital e mais 14 municípios", disse o parlamentar.
O vereador lembrou que o Aterro da Caximba, hoje saturado, deverá ser desativado em dezembro do próximo ano e o edital vai definir a empresa que executará os serviços a partir de 2009, incluindo a tecnologia de aterro e outros avanços tecnológicos de primeiro mundo. Segundo o líder do prefeito, existem várias empresas se habilitando para executar os serviços e, com isso, a região metropolitana será beneficiada com os avanços e barateamento de custos. "Tudo vem sendo feito com o acompanhamento da Câmara Municipal, que já realizou várias reuniões com o secretário municipal do Meio Ambiente, José Antônio Andreguetto, e com técnicos e especialistas na área", informou.
Quanto à Sanepar entrar no consórcio do lixo em Curitiba, Mario Celso achou até simpático e saudável, mas fez uma ressalva: "daí a entrar como gestora é outra história. Primeiro, porque a Sanepar tem que cuidar e resolver o problema de esgoto, deficiente em vários municípios, incluindo Curitiba, onde existem 1,5 mil locais de despejo irregular. Segundo, da qualidade da água, hoje com vários focos de reclamações, e, depois, contratar técnicos com experiência na área do lixo". O vereador disse também que "a Sanepar deu como exemplo de gestão ambiental o trabalho que vem fazendo em Cianorte, onde opera 900 toneladas de lixo por mês. Parece piada, pois em Curitiba a Secretaria do Meio Ambiente opera 2,4 mil toneladas por dia."
O vereador deixa claro que não é contra a entrada da Sanepar no consórcio, porém não concorda que a empresa possa vir a ser gestora. "É claro que, como integrante do consórcio, a Sanepar poderá contribuir com uma melhor participação da Comec, além de recursos financeiros. Mas, ser gestora é algo inaceitável no momento, considerando as deficiências técnicas para executar o trabalho"