Vereador e ex-assessor mantêm versões ao Conselho de Ética
O Conselho de Ética da Câmara Municipal de Curitiba realizou, nesta terça-feira (21), uma acareação entre o vereador Professor Galdino (PSDB) e o jornalista Marcus Vinícius Gomes, ex-assessor do parlamentar. A reunião foi motivada por versões contraditórias apresentadas por ambos em depoimentos anteriores, quando o conselho analisava queixas de quebra de decoro parlamentar, crime eleitoral e injúria racial contra Galdino. “Nós levamos o nosso trabalho a sério e estamos realizando-o com muita responsabilidade e ética. A acareação foi muito importante para o andamento dos trabalhos”, afirmou o vereador Roberto Hinça (PDT), presidente do conselho.
Gomes acusa o vereador de ter cometido crime eleitoral durante a disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa em 2010. Segundo o jornalista, o parlamentar utilizava pessoal e estrutura da instituição irregularmente. Ele citou o uso de selos, envelopes e mão de obra dos assessores na campanha, durante o expediente, como algumas das práticas realizadas.
“Se as cartas saíram do meu gabinete, aconteceu sem o meu conhecimento e sem o meu consentimento”, disse Galdino. O parlamentar defendeu-se alegando ser novidade para ele o teor das denúncias, inclusive de envelope apresentado como prova pelo autor da denúncia, com material de campanha supostamente despachado do gabinete.
“Não foi dito a ninguém para fazer campanha no horário do trabalho. Eu não tinha conhecimento do que acontecia, não faço campanha dentro do gabinete”, afirmou o vereador. Galdino, por exemplo, alegou não ter ciência de que material de campanha teria sido disfarçado de projeto de lei para ser fotocopiado na instituição. Ele atribuiu a queixa do jornalista a divergências de remuneração e disputa interna de poder no gabinete. Gomes confirmou as denúncias diante do parlamentar, dando nomes e atribuições para o que era realizado no gabinete durante o período eleitoral. Os vereadores do Conselho de Ética encerraram a oitiva de testemunhas neste inquérito e aguardam um posicionamento do Tribunal Regional Eleitoral sobre o caso para a redação do relatório final.
Decoro
Outra investigação em estágio avançado é o inquérito aberto a partir de pedido protocolado por outros 23 vereadores, após exposição do vereador Roberto Aciolli (PV) em plenário, relatando a distribuição para jornais de nota atribuída ao vereador Galdino. Na notícia enviada à imprensa, o parlamentar investigado teria feito acusações desprovidas de comprovação contra os demais vereadores, prejudicando a imagem institucional do Legislativo. Gomes defende que o texto teve a aprovação do vereador. Galdino responsabiliza exclusivamente o jornalista pelo teor da nota.
“Nós discutíamos política, mas nunca pedi a elaboração de matérias. Eu jamais ia escrever a nota, eu não sabia de nada dessa nota. Não é da minha personalidade”, afirmou o parlamentar, que culpou a sua inexperiência em cargos públicos como um dos fatores que contribuiu para a abertura dos inquéritos. “Ainda estou aprendendo. A Câmara tem sido uma escola para mim. Queria pedir desculpas aos vereadores”, justificou Galdino. Para Gomes, o parlamentar falta com a verdade. “Ele com certeza leu as notas, pois o conteúdo foi discutido. Ele tinha a pretensão de se diferenciar dos demais vereadores. Tudo passava pelo crivo dele”, declarou o ex-assessor.
A vereadora Professora Josete (PT), relatora deste inquérito, aguarda resposta da empresa que hospedava o portal do vereador Galdino durante a campanha eleitoral, para confirmar a autenticidade do conteúdo.
Ficou marcada para o dia 11 de janeiro uma nova reunião do Conselho de Ética, para ouvir o presidente do Conselho Municipal de Política Étnico-Racial, Saul Dorval da Silva, autor da queixa de discriminação racial, e a ex-assessora parlamentar do vereador que teria sido destratada. O inquérito está amparado em um boletim de ocorrência da Delegacia da Mulher e processo trabalhista.
Gomes acusa o vereador de ter cometido crime eleitoral durante a disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa em 2010. Segundo o jornalista, o parlamentar utilizava pessoal e estrutura da instituição irregularmente. Ele citou o uso de selos, envelopes e mão de obra dos assessores na campanha, durante o expediente, como algumas das práticas realizadas.
“Se as cartas saíram do meu gabinete, aconteceu sem o meu conhecimento e sem o meu consentimento”, disse Galdino. O parlamentar defendeu-se alegando ser novidade para ele o teor das denúncias, inclusive de envelope apresentado como prova pelo autor da denúncia, com material de campanha supostamente despachado do gabinete.
“Não foi dito a ninguém para fazer campanha no horário do trabalho. Eu não tinha conhecimento do que acontecia, não faço campanha dentro do gabinete”, afirmou o vereador. Galdino, por exemplo, alegou não ter ciência de que material de campanha teria sido disfarçado de projeto de lei para ser fotocopiado na instituição. Ele atribuiu a queixa do jornalista a divergências de remuneração e disputa interna de poder no gabinete. Gomes confirmou as denúncias diante do parlamentar, dando nomes e atribuições para o que era realizado no gabinete durante o período eleitoral. Os vereadores do Conselho de Ética encerraram a oitiva de testemunhas neste inquérito e aguardam um posicionamento do Tribunal Regional Eleitoral sobre o caso para a redação do relatório final.
Decoro
Outra investigação em estágio avançado é o inquérito aberto a partir de pedido protocolado por outros 23 vereadores, após exposição do vereador Roberto Aciolli (PV) em plenário, relatando a distribuição para jornais de nota atribuída ao vereador Galdino. Na notícia enviada à imprensa, o parlamentar investigado teria feito acusações desprovidas de comprovação contra os demais vereadores, prejudicando a imagem institucional do Legislativo. Gomes defende que o texto teve a aprovação do vereador. Galdino responsabiliza exclusivamente o jornalista pelo teor da nota.
“Nós discutíamos política, mas nunca pedi a elaboração de matérias. Eu jamais ia escrever a nota, eu não sabia de nada dessa nota. Não é da minha personalidade”, afirmou o parlamentar, que culpou a sua inexperiência em cargos públicos como um dos fatores que contribuiu para a abertura dos inquéritos. “Ainda estou aprendendo. A Câmara tem sido uma escola para mim. Queria pedir desculpas aos vereadores”, justificou Galdino. Para Gomes, o parlamentar falta com a verdade. “Ele com certeza leu as notas, pois o conteúdo foi discutido. Ele tinha a pretensão de se diferenciar dos demais vereadores. Tudo passava pelo crivo dele”, declarou o ex-assessor.
A vereadora Professora Josete (PT), relatora deste inquérito, aguarda resposta da empresa que hospedava o portal do vereador Galdino durante a campanha eleitoral, para confirmar a autenticidade do conteúdo.
Ficou marcada para o dia 11 de janeiro uma nova reunião do Conselho de Ética, para ouvir o presidente do Conselho Municipal de Política Étnico-Racial, Saul Dorval da Silva, autor da queixa de discriminação racial, e a ex-assessora parlamentar do vereador que teria sido destratada. O inquérito está amparado em um boletim de ocorrência da Delegacia da Mulher e processo trabalhista.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba