Vereador é contra mototaxi

por Assessoria Comunicação publicado 30/07/2010 18h45, última modificação 30/06/2021 09h41
Ao tomar conhecimento de que existe um movimento para abrir a possibilidade de apresentação de projeto criando o sistema de mototaxi, o vereador Mario Celso Cunha (PSB) foi totalmente contra a ideia e garantiu que evitará de todas as formas o andamento de algo neste sentido. “Não podemos aceitar uma proposta desta natureza, pois Curitiba não precisa deste serviço de risco. O setor de táxi da cidade é um dos melhores do Brasil com profissionais qualificados e carros bem equipados. Vamos procurar manter somente os veículos normais que já estão atuando no mercado. Usar motos para este serviço, nem pensar”, declarou o parlamentar.
Mario Celso declarou que o serviço de motoboy, também chamado de motofrete, é bem recebido, pois presta serviço de emergência, ajudando empresas e usuários, mas “é bem diferente do mototaxi, um serviço que torna o trânsito mais inseguro, com riscos para o motoqueiro e para o passageiro.” Curitiba tem hoje uma média de sete acidentes diários com motociclistas, sendo dois graves, além de mortos e mutilados. “Imagine este número considerando que todas as motos andariam com duas pessoas. Não podemos aceitar. Moto somente para outros serviços. Mototaxi, definitivamente não”, completou o líder do prefeito.
Os acidentes com motos no Paraná cresceram mais de 150% em cinco anos, enquanto a frota aumentou o dobro disso. Em 2000, a frota era de 260 mil motos no Estado, passando para 150 mil em 2005 e chegando agora, em 2010, a 900 mil motos. O aumento do número de motos só não é mais impressionante que o número de acidentes envolvendo este tipo de transporte. No ano passado, mais de 30 mil motociclistas se feriram e mais de 500 morreram em acidentes no Paraná.
O serviço de táxi em Curitiba foi criado pela Lei Municipal nº 3812, de 9 de outubro de 1970, e regulamentado pelo Decreto nº 18/90, de 31 de janeiro de 1990. O gerenciamento é feito pela Urbs. Curitiba tem hoje uma frota de 2.252 veículos e está dividida em três categorias: táxi convencional (2.228), táxi especial para pessoas portadoras de necessidades especiais (4) e táxi executivo (20). Existem 373 pontos, sendo semi (155), livre (207), executivo (9) e especial (2). Muitos operam com o serviço de rádio táxi.