Vereador destaca ação em defesa das crianças
Ao mesmo tempo em que lamentou que, no primeiro trimestre deste ano, tenham sido registrados oficialmente mais de 350 casos de agressão contra crianças e adolescentes em Curitiba, o vereador Mario Celso Cunha (PSB) destacou o trabalho que vem sendo realizado pelo projeto Rede de Proteção à Criança e Adolescente, da Prefeitura de Curitiba. O projeto prevê a prevenção e combate à violência contra menores e já conta com o trabalho de sete mil agentes capacitados. Além da agressão física, a violência psicológica, a negligência e o abandono também são detectados pelos agentes e notificados aos conselhos tutelares, num trabalho que merece todo o aplauso, destacou.
O balanço feito pelo projeto, de janeiro a março, explicou Mario Celso, mostrou que, na maior parte dos casos, a agressão acontece dentro de casa. Em 307 atendimentos verificou-se que a violência foi cometida por parentes. Do total de casos atendidos, 152 eram situações de negligência, em que as crianças eram deixadas sozinhas em casa, sem comida nem atenção. Outros 103 eram de agressão física, 69 de violência sexual, 16 de agressão psicológica e 10 de abandono, quando a criança já não tem mais vínculo familiar.
Um dos pontos mais chocantes, segundo o vereador Mario Celso, diz questão aos menores de um ano de idade, maiores vítimas de violência, chegando a 50% dos casos de agressão. Isso é uma crueldade sem limites, pois atinge crianças indefesas e em formação. Qualquer um pode impedir estas crueldades, pois é só denunciar aos órgãos competentes. Muitas crianças morrem por indiferença de toda a sociedade, disse o vereador.
Mario lembrou que para evitar que a violência passe em branco, os agentes da Rede de Proteção são treinados para identificar os sinais mais sutis. A vigilância serve para desestimular as agressões. A Fundação de Ação Social (FAS) é uma das mais ativas entidades que integram a Rede, também formada pelas secretarias municipais da Saúde, Educação, Meio Ambiente, Ippuc, Imap, Educação, Conselhos Tutelares e Sociedade Paranaense de Pediatria. Uma rede de hospitais também ajuda neste combate, incluindo profissionais qualificados do Hospital do Trabalhador, Pequeno Príncipe, Evangélico, HC, Cajuru e Maternidade Victor Ferreira do Amaral, completou Mario Celso.
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