Vereador depõe na CPI dos Transportes do Distrito Federal

por Assessoria Comunicação publicado 04/09/2015 17h35, última modificação 04/10/2021 06h48

Convidado a depor na CPI dos Transportes da Câmara Legislativa do Distrito Federal, o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou a licitação do sistema em Curitiba, vereador Jorge Bernardi (PDT), reafirmou “os indícios de fraude no processo, de formação de cartel e de sonegação fiscal, entre outros atos ilícitos”. "Comprovamos no final que houve um verdadeiro jogo de cartas marcadas", disse, nessa quinta-feira (3), aos deputados distritais.

O vereador foi convidado a depor pelo presidente da CPI, Renato Andrade (PR), e pela presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Celina Leão (PDT). A deputada participou, em julho de 2013, da CPI do Transporte de Curitiba. Ela afirmou, na ocasião, que a última licitação do transporte público de Brasília (DF) foi fraudada (leia mais).

Em mais de uma hora de depoimento, Bernardi falou sobre o trabalho dos 13 vereadores que compuseram a CPI de Curitiba e do relator, Bruno Pessuti (PSC). Em relação aos resultados alcançados, destacou a decisão do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR) de reduzir em R$ 0,43 a tarifa técnica (valor que o Município paga por passageiro às operadoras do sistema) – derrubada, posteriormente, pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).

A decisão do Tribunal de Contas, defendeu Bernardi, “demonstra que as empresas receberam a mais, nestes últimos quatro anos, desde a licitação, cerca de R$ 450 milhões”. “Estes recursos foram retirados dos trabalhadores de Curitiba e devem ser ressarcidos”, afirmou o vereador. “Agora a responsabilidade está com o Ministério Público e outros órgãos, que têm o dever dar prosseguimento as ações.”

Bernardi explica que uma das motivações do convite para depor na CPI dos Transportes da Câmara Legislativa são as semelhanças entre as licitações do Distrito Federal e de Curitiba, “com o direcionamento do certame para algumas empresas, que acabaram vencendo”. Para o relator distrital, deputado Raimundo Ribeiro (PSDB), “algo está errado, já que após a licitação o transporte coletivo terá que ser subsidado em cerca de R$ 1 bilhão”.