Vereador denuncia falta de acessibilidade em estações-tubo

por Assessoria Comunicação publicado 03/03/2015 08h20, última modificação 29/09/2021 08h18

O vereador Cristiano Santos (PV) afirmou que são frequentes as reclamações com relação à dificuldade no acesso de determinadas estações-tubo de Curitiba, seja por parte de usuários do sistema de transporte público, seja por parte dos profissionais que atendem nestes locais. “Há queixas de falta de elevador, rampa de acesso e defeito nos equipamentos”, pontuou.

Santos diz que há relatos a respeito de várias estações que não contam com elevador nem rampa de acesso para pessoas com necessidades especiais. Já naquelas que contam com o equipamento instalado, problemas e falta de manutenção são comuns, conforme relato que o vereador ouviu do cobrador Nilson Martins de Oliveira.

 “Faz aproximadamente seis anos que trabalho como cobrador e em todas as estações que passei sempre tive dificuldade em ajudar pessoas com necessidades especiais. Nas que têm elevador, problemas nos equipamentos são comuns e a manutenção demora bastante. Já nas que não têm, quando chega um cadeirante, precisamos sempre de duas pessoas para ajudar e, em horários de pico, nem sempre isso é possível. Bom mesmo seria a instalação de rampas, que não dão problema”, afirmou o cobrador ao parlamentar.

De acordo com Santos, situações como essas são mais comuns do que parecem. “No trecho entre o terminal do Capão da Imbuia e o Jardim Botânico, pelo menos três estações-tubo não contam com nenhum tipo de sistema de acessibilidade para pessoas portadoras de necessidades especiais, são elas as estações Delegado Amazor Prestes, Urbano Lopes e Professora Maria Aguiar Teixeira”, denunciou.

Para Santos, além do risco de acidente com o cadeirante que precisa pegar o ônibus, os cobradores também, na intenção de ajudar, podem acabar se machucando. “Há umas semanas, fui ajudar um cadeirante que chegou aqui no tubo. Mesmo com o acompanhante dele junto, acabei machucando as costas e até hoje sinto dores”, relatou Oliveira.

O acesso por rampas auxiliaria não só pessoas com deficiência. A dona de casa Maria Eugênia de Fátima, 50, que diariamente utiliza a estação Urbano Lopes, diz que sente falta do equipamento. “Todos os dias pego o ônibus e sempre sofro para levantar meu carrinho. Quando tem alguém disposto por perto, até me ajuda a levantar”, relatou.

Diante da situação, o parlamentar encaminhou um pedido à Urbanização de Curitiba (URBS) para a implantação da guia de acesso às estações Urbano Lopes (044.02345.2015) e Professora Maria Aguiar Teixeira (044.02747.2015). Também um pedido de informações oficiais (062.00074.2015) no qual questiona o número de paradas que ainda não possuem nenhum tipo de acessibilidade, o custo para a instalação dos elevadores, valores gastos no ano de 2014 com a manutenção desses equipamentos e qual a empresa responsável pela prestação do serviço.

“É preciso ver essas situações e tomar providências. Curitiba tem investido bastante na melhoria da acessibilidade para os cidadãos curitibanos com a adequação de calçadas, ônibus, a inclusão de jovens especiais em atividades nos Portais do Futuro e diversas outras situações. Garantir o acesso às estações-tubo, assim como as demais ações, é fundamental”, afirmou Cristiano Santos.

Mais acessibilidade
Ainda sobre a questão da acessibilidade, Cristiano encaminhou pedido à prefeitura para a implantação de rampas para acesso à praça João Cândido e Belverdere (044.02343.2015), ao Teatro Universitário (TUC) e à galeria Júlio Moreira (044.02344.2015), todos na região do São Francisco. Ressaltou a importância de dar atenção à galeria que, além de a galeria dar acesso ao teatro, faz a transposição da Travessa Nestor de Castro.