Vereador defende o não e acusa governo de despreparo

por Assessoria Comunicação publicado 20/10/2005 20h10, última modificação 02/06/2021 10h02
Inconformado com o excessivo qasto que será feito com o referendo sobre a proibição de vendas de armas de fogo - em torno de R$ 600 milhões - o vereador Mario Celso Cunha (PSDB) alerta que este movi-mento, mobilizando a população e a mídia nacional, visa desviar a aten-ção para o fato maior, que é a corrupção que tomou conta do poder. Se-gundo o vereador, "se a intenção era saber a opinião do povo sobre o desarmamento, isso poderia ser feito no ano que vem, junto com a elei-ção, apenas colocando na urna eletrônica uma pergunta sobre o tema".
Mario Celso alertou que, com esta decisão descabida, o governo federal acabou provocando uma corrida às casas de armas. "Nos últimos dias, é impressionante o número de pessoas que estão buscando comprar armas e munições. O anúncio do referendo provocou esta corrida, tanto que a maioria das casas que vendem armas estão sem estoques". O vereador lembra que "ao tentar proibir a venda, o governo acabou estimulando o armamento em geral. Fato idêntico já ocorreu no passado quando o governo anunciou mudanças no setor de previdência social, gerando uma corrida rumo às aposentadorias. Agora isso ocorre com as armas".
Apesar do horário do TRE na televisão e no rádio, apesar dos debates que estão sendo realizados, ainda é grande o número de pessoas que até o momento não entenderam o objetivo da consulta. "Não se trata de desarmar ninguém, muito menos de combater a violência. O referendo apenas pergunta se a pessoa é a favor ou contra a venda de ar-mas". O vereador lembrou que "o sim ou o não vai acabar com as armas ou reduzir a violência, pois os bandidos vão estar cada vez mais armados, se utilizando de armas pesadas compradas no exterior ou no mercado negro".
O vereador condenou o momento em que o referendo é autorizado, quando o país vive problemas graves de falta de recursos em diversas áreas como segurança, saúde, habitação, educação e outras prioridades. "Votar o NÃO é protestar contra a forma ridícula do governo mobilizar uma data, fazendo a população perder tempo para dar uma resposta que não terá influência na redução da violência, mesmo porque a lei já foi votada em Brasília e agora jogamos esta responsabilidade para o povo, fazendo com que 122 milhões de brasileiros assumam um compromisso que deveria ser do Congresso Nacional e do governo federal". Mario concluiu afirmando que "vou votar pelo n.º  1, vou votar NÃO, consciente que esta-rei ajudando o povo brasileiro a garantir o seu direito constitucional. A posse de uma arma é muito mais importante do que o porte de arma".