Vereador defende criação de blocos suprapartidários

por Assessoria Comunicação publicado 20/04/2009 20h20, última modificação 24/06/2021 06h41
O vereador Caíque Ferrante (PRP) ocupou a tribuna, nesta segunda-feira (20), para tratar de temas polêmicos. Citando o desprestígio dos legislativos em todos os níveis, Caíque pediu que os partidos dediquem mais atenção aos interesses da população e menos aos interesses políticos. O vereador defendeu o trabalho suprapartidário, centrado na missão de legislar e fiscalizar o poder Executivo. “É importante que os partidos democráticos não bitolem os seus quadros,  permitindo-lhes  uma  ação mais ampla, suprapartidária ou multipartidária”, afirmou. O vereador propôs que a Câmara de Curitiba se ofereça como exemplo, pela sua transparência e seriedade, para melhorar a credibilidade dos legislativos.  “Sentimos na sociedade brasileira o real e cada vez mais intenso desprestígio dos legislativos. Os vereadores, até mesmo por estarem mais próximos fisicamente dos seus eleitores, podem se oferecer como exemplo para reverter esta imagem”, acrescentou.
Em relação à fiscalização do poder Executivo, Caíque destacou o papel das comissões de inquérito, alertando, no entanto, que devem ser analisadas apenas por critérios técnicos e não político-partidários.
Já sobre a missão de legislar, o vereador questionou a importância de dar nome a ruas e distribuir honrarias, lembrando que existe “uma lista de espera com mais de 350 leis nominando espaços públicos.” Para reduzir o que considera um exagero, Caíque sugere uma alteração no regimento interno, limitando o número de proposições, que acabam congestionando o processo de apreciação. Também cobrou ação em busca de soluções nas áreas de educação, saúde, geração de renda, esporte e lazer, transporte, infraestrutura e habitação. Entre as sugestões a serem desenvolvidas de forma suprapartidária, Caíque citou  as parcerias com os sistemas Sesi, Senai, Sesc, Senac e Senar, que poderão alavancar projetos de formação de jovens e geração de renda.
“É preciso que o Legislativo recupere o direito de iniciativa  nas  atividades de maior abrangência  no âmbito municipal e na defesa do contribuinte e dos consumidores. Não é aceitável que fiquemos à espera de iniciativa do Poder Executivo”, acrescentou.