Vereador defende bonificação por resultados ao magistério

por Assessoria Comunicação publicado 21/10/2010 17h55, última modificação 01/07/2021 08h20
A adoção de um sistema de gratificação denominado bonificação por resultados para o magistério municipal foi defendida na Câmara de Curitiba pelo vereador Tico Kuzma (PSB), nesta semana. Para valorizar o trabalho do servidor, “a ponto de torná-lo corresponsável pelos avanços da administração pública”, o parlamentar tomou como ponto de referência os indicadores do Ideb - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica.
Pela terceira vez, a avaliação colocou Curitiba acima da média nacional, na última divulgação do Inep - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, órgão idealizador do cálculo de rendimento e desempenho escolar no País. Curitiba obteve o índice de 5,7 para as séries iniciais do ensino fundamental. A média nacional foi de 4,6, índice que vem crescendo desde a implantação do sistema como parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) no Brasil, instituído pelo Ministério da Educação.
Kuzma considera que o sistema sugerido estimulará o aperfeiçoamento do professor e servirá como retribuição justa ao esforço dispendido. A bonificação por resultados estaria restrita somente a cinco escolas incluídas nos índices de rendimento e desempenho escolar. A sugestão do vereador causou polêmica entre os demais parlamentares. Para o líder do prefeito vereador Mario Celso Cunha (PSB), “caberá aos órgãos de educação analisar a proposição de Kuzma, avaliando todos os critérios necessários.”
Divergências
Os vereadores Pedro Paulo e Professora Josete, ambos do PT, divergiram dos objetivos de Kuzma por considerarem que o que determina o estímulo ao estudo e à qualificação profissional “é a metodologia educacional empregada pela escola, seja pública ou privada.” A conquista da qualidade de ensino é, na visão dos dois parlamentares, que são educadores, “um desafio a ser vencido progressivamente, com ações que correspondam aos critérios pedagógicos”. A premiação “não significa sinônimo de qualidade”, avaliam.
Como líder, Mario Celso chegou a sugerir uma contraproposta conjunta, que desse lugar “a um conteúdo mais metodológico a ser aproveitado pela Secretaria Municipal de Educação.” Feitas as considerações sobre a sugestão de Kuzma, decidiu-se pela aprovação do documento com restrições de dois votos contrários e houve consenso em aprofundar o estudo do tema, inclusive em reuniões da Comissão de Educação e Cultura da Casa.