Vereador defende atenção às vítimas indiretas da violência

por Assessoria Comunicação publicado 29/09/2004 00h00, última modificação 14/05/2021 10h44

Com base nos resultados de um estudo realizado pela Universidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, o vereador Mario Celso Cunha está sugerindo ao governo estadual, através das secretarias de Saúde e de Segurança Pública, a criação de um programa de apoio às vítimas indiretas da violência. Segundo o vereador, o crescimento da violência urbana provoca, além de vítimas diretas, seqüelas físicas e psíquicas em familiares e amigos, inclusive uma doença chamada de Estresse Prós-Trauma, que ocorre em maior freqüência em pessoas que são obrigadas a fazer o reconhecimento de corpos.
Lembra o vereador que, em alguns casos, as vítimas indiretas são aquelas obrigadas a conviver com assassinos de seus familiares, que vivem no mesmo ambiente, especialmente em regiões da periferia. “Outras são aquelas que precisam conviver com familiares que fazem uso de drogas, sem contar com aquelas envolvidas em assaltos, roubos ou tentativas de homicídio, submetidas a forte stress, que, certamente, provocará sérios desdobramentos”, acrescenta.
A pesquisa chamada “Vítimas ocultas da violência”, de autoria do professor Gláucio Soares, aponta uma série de traumas que são gerados nas vítimas indiretas de atos violentos. Entre estes, explica Mario Celso, estão dificuldade de dormir e de concentração, limitação da capacidade afetiva, sensação de isolamento, redução de interesse em participação de eventos sociais, fuga ao contato com as pessoas, memórias recorrentes do acontecimento e intenso mal-estar psicológico, entre outros.
Para o vereador, um programa que reunisse profissionais como médicos, psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais, efetivamente treinados para atuar nesta situação, poderia garantir às vítimas indiretas da violência um atendimento adequado e recuperá-las para o convívio da sociedade.