Vereador critica reajuste de 11% a planos de saúde

por Assessoria Comunicação publicado 06/06/2005 17h40, última modificação 25/05/2021 08h26
Ao criticar, na Câmara Municipal de Curitiba, o mais recente aumento concedido aos planos de saúde - 11,69% - o vereador Mario Celso (PSB) acusou o governo federal de estar se omitindo no cumprimento de uma missão constitucional, ao mesmo tempo em que obriga os governos estadual e municipal a arcar com um aumento da demanda nos postos de saúde. "Na medida em que concede aumento superior à inflação para os planos, o governo obriga mais gente a buscar postos de saúde, que já se encontram com uma grande demanda, especialmente em Curitiba", acrescentou.
Segundo o vereador, saúde pública é dever do governo federal que, cada vez mais, repassa as atribuições para os Estados e municípios sem, entretanto, dar a contrapartida em recursos. "Ao mesmo tempo em que se desacredita o Sistema Único de Saúde, o governo favorece os grupos privados de saúde, concedendo reajustes superiores aos índices inflacionários", disse Mario Celso.
Para o vereador, mais uma vez o governo Lula favorece aos interesses dos banqueiros, já que as seguradoras são as principais detentoras dos planos de saúde, algumas delas, inclusive, multinacionais. "Depois de garantir aos bancos os maiores lucros de sua história, o governo federal agora dá aumento superior à inflação para planos de saúde que estão, em sua grande parte, na mão dos mesmos banqueiros já favorecidos. Tudo isso, em cima de uma obrigação do Estado, que é garantir a saúde pública", destacou.
Mario lembrou, ainda, que a representante das seguradoras, a Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e Capitalização - Fenaseg, "teve a petulância de considerar que o aumento é inferior ao necessário, alegando a existência de desequilíbrios, embora o reajuste chegue a quase 4% acima do índice inflacionário registrado no mesmo período".