Vereador critica a minirreforma política

por Assessoria Comunicação publicado 29/08/2005 16h45, última modificação 31/05/2021 10h47
A aprovação da minirreforma política na Comissão de Constituição e Justiça do Senado já provoca polêmica. O vereador Ney Leprevost (PP) alerta a população para que fique atenta à questão. Na sua opinião, "alguns itens propostos são verdadeira manobra para perpetuar no poder os atuais senadores e deputados federais, que, sabendo de seu desgaste perante a opinião pública, começam a fazer acrobacias legislativas”. O parlamentar se refere à redução do tempo de campanha de 90 dias para 60 e, principalmente, à nova data para início do horário eleitoral que passaria a ser veiculado só 35 dias antes da data da eleição.
“O nobre relator do projeto, senador Jorge Bornhausen, vai possibilitar que os atuais senadores e deputados permaneçam em evidência através da TV Câmara e da TV Senado até 35 dias antes da eleição e depois passem a utilizar o horário eleitoral. Enquanto isso, os candidatos novos só começarão a se tornar conhecidos do público 35 dias antes da eleição. Está claro que eles querem impedir a renovação”, afirma Ney.
Polêmica
O parlamentar lembra, ainda, que, na prática, os candidatos novos só terão 20 dias para conquistar apoios de peso. “Os apoios vêm com o crescimento nas pesquisas proporcionado pela exposição positiva na TV e no rádio. Ora, se proíbem as pesquisas 15 dias antes da eleição, mais uma vez estarão beneficiando quem já tem mandato”, analisa.
Outra polêmica levantada por Leprevost é que a reforma política, do jeito que está proposta, não inibirá a corrupção eleitoral. “Eles estão tentando implantar o que chamo de projeto engana–trouxa. No caso os trouxas somos nós os brasileiros. Fingem que fazem uma reforma mas não vão ao cerne da questão.
O que tem que acabar é a compra de prefeitos e vereadores por parte de candidatos a deputado federal. Todo mundo sabe que isto acontece e ninguém toma providência”.