Vereador apóia proibição de animais em circos

por Assessoria Comunicação publicado 15/10/2007 17h55, última modificação 17/06/2021 11h40
“Crescemos nos divertindo com as atrações dos animais de circo e temos a impressão de que são educados, bem tratados e felizes. Na realidade, para que uma fera seja domada, é preciso agir de forma agressiva e maldosa, fazendo o animal passar por várias situações de maus-tratos. Além disso, os animais são mal alimentados, vivem em jaulas pequenas, não podem se exercitar, enfim, existem inúmeros registros de animais torturados em circos e muitos deles foram e são mortos.” A análise é do vereador pastor Gilso de Freitas (PSDB) ao apoiar o projeto do vereador Jair Cézar (PSDB) que proíbe a utilização de animais em circos ou espetáculos assemelhados. O documento foi aprovado em segunda discussão na semana passada e passou pela redação final nesta segunda-feira (15).
Para o parlamentar, a proibição do uso de animais em espetáculos circenses é uma resposta da sociedade a esse risco potencial. "Entendendo que o circo deverá ser recriado, ressaltando outras formas e também as habilidades do ser humano, seu humor, sua magia e sua capacidade de representar a vida”.
Para Pastor Gilso, “mudar a relação da sociedade com os animais significa criar uma das bases indispensáveis para uma cultura não-violenta, facilitando a compreensão de que a crueldade com os bichos cria as condições psicológicas para se aceitar a violência contra o ser humano, seja por ações físicas diretas, seja por opressão estrutural, resultante de uma sociedade socialmente injusta, seja por quaisquer outros meios.”
Tratamento
“Assim, é lógico deduzir que, melhorando a relação da sociedade com os animais, dando um tratamento melhor a estes, contribui-se para a criação de condições psicológicas mais favoráveis ao desenvolvimento de um ser humano mais completo e de uma sociedade mentalmente mais sadia. Essa mudança começa pela compreensão de que os animais são dotados de sensibilidade: sentem dores físicas, angústia e medo. Não é possível continuar a tratá-los como objetos insensíveis”, conclui.