As críticas feitas à atuação social do governo federal pela coordenadora da Pastoral da Terra, Zilda Arns, no último dia 27, repercutiram na Câmara Municipal de Curitiba. Para o vereador Mario Celso (PSB), “principal ícone da luta por um País mais voltado para o problema social e indicada ao Nobel da Paz, dona Zilda deixou claro que só o atendimento aos pobres e um maior controle sobre os programas de transferência de renda do governo do PT podem evitar a corrupção”.
Lembrando a atuação da médica sanitarista, que fez de Curitiba sua base de trabalho que se estende hoje não apenas ao Brasil, mas a duas dezenas de países, o vereador disse que suas cobranças precisam ser ouvidas, especialmente as que se referem à burocracia e falta de integração de ministérios em relação a programas como o Bolsa Família e o Fome Zero.
Para Mario Celso, efetivamente, os programas sociais precisam andar mais rápido e promover a cidadania. O vereador destacou, em especial, as afirmações da médica ao avaliar o anúncio de avanços obtidos pelo governo. “O pobre não precisa só de dinheiro. Precisa melhorar sua auto-estima. Para o País melhorar é preciso dar mais ênfase às crianças e aos jovens. Os adolescentes precisam ficar o dia todo na escola”, defendeu a coordenadora da Pastoral da Terra.
O vereador também destacou a proposta defendida por Zilda Arns em relação ao Bolsa Família. Para a médica, não se pode explicar a uma família carente porque ela deixou de ser atendida pelo programa porque o dinheiro acabou. A média propõe a redução do valor do benefício para se dar atendimento a todas as crianças, com recursos que seriam ampliados quando houve maior disponibilidade.