Vereador alerta para ameaça de voto nulo

por Assessoria Comunicação publicado 04/09/2006 18h00, última modificação 11/06/2021 08h14
O vereador Mario Celso Cunha (PSDB) manifestou, na Câmara Municipal, sua preocupação de que as urnas possam registrar, no próximo dia 1º de outubro, uma avalanche de votos nulos e brancos, reflexo de meses de denúncias da mídia acerca de escândalos, envolvendo especialmente deputados federais. O parlamentar lembrou que algumas pesquisas, como a da Datafolha, já identificaram a tendência de um aumento extraordinário dos votos nulos nas eleições de outubro.
Segundo a pesquisa, cerca de 18% do eleitorado manifesta a intenção de anular o voto na eleição para a Câmara Federal, enquanto 16% dos entrevistados informam que votarão nulo também na hora de escolher os deputados estaduais. “Se formos considerar as últimas eleições, os percentuais registrados significariam uma verdadeira avalanche. É só lembrar que, nas eleições de 2002, os votos nulos somaram 2,9%, com o total de votos inválidos chegando a 7,9%. Assim, poderíamos ter esse número quase multiplicado por dez, se a tendência do eleitor for mantida”, disse o vereador.
Mario Celso também acha preocupante o fato de, segundo outra pesquisa, 49% do eleitorado terem afirmado que não votariam se o voto não fosse obrigatório. “Com certeza, neste percentual também está vinculado o reflexo da onda de denúncias que assola o Congresso e que acaba por afastar cada vez mais os políticos da população, especialmente os deputados federais”, acrescentou.
O vereador disse, ainda, que a mesma pesquisa mostrou que 57% dos eleitores brasileiros não se lembram dos candidatos que elegeram para a Câmara dos Deputados e para as Assembléias Legislativas em 2002. “Se antes dos escândalos do ‘mensalão’ e das ‘sanguessugas’ o eleitor manifestava pouca preocupação com o destino do seu voto em relação à Câmara Federal, agora a tendência é de que ele deixe de votar, colocando no mesmo nível todos os deputados, o que fará com que os que honram seus mandatos, que são a maioria, acabem pagando por aqueles que se utilizam do dinheiro público em benefício próprio”, finalizou Mario Celso.