Em resposta a pedido de informações de Bruno Pessuti (PSC), a Prefeitura de Curitiba informou que, dos três consórcios licitados para administrar a Rede Integrada de Transporte (RIT), o Pioneiro é o que tem o maior índice de ônibus com a vida útil, de dez anos, vencida. Dos 562 veículos da frota, 90 (16,01%) já têm mais de uma década de uso. O alerta foi apresentado pelo autor do requerimento (062.00111.2015) na sessão desta terça-feira (26) da Câmara Municipal.

De acordo com a Urbs, o índice de ônibus vencidos, no consórcio Pontual, é de 3,29% (17 dos 516 veículos da frota operacional). No Transbus, a porcentagem é de 2,87% (14 dos 487). “Isso me preocupa porque a frota está cada vez mais velha, o que ocasiona falhas e transtornos ao usuário”, disse Pessuti. “Outro problema é se a taxa de amortização [um dos itens custeados pela tarifa técnica], que deveria ser paga apenas durante a vida útil, continua sendo cobrada.”

Relator da CPI do Transporte Coletivo, em 2013, o vereador apresentará um novo pedido de informações ao Executivo, sobre a possível cobrança da amortização dos ônibus vencidos. Pessuti estima que o item custe ao sistema R$ 5,5 milhões por mês. “O cálculo leva em consideração o custo médio do ônibus atualizado anualmente, dividido pelo tempo de meses da vida útil”, justifica. “Logo, se há veículos com um tempo maior de operação do que o estimado, pode estar ocorrendo uma remuneração indevida ao concessionário”, completa.

O ofício à Câmara (189-EM/GTL) aponta que a idade média dos ônibus dos consórcios Pontual, Pioneiro e Transbus é, respectivamente, de 5,84, 7,46 e 5,82 anos. O documento completa que há decisões judiciais favoráveis às empresas, liberando-as de investimentos nas frotas até a decisão final sobre os processos que julgam o equilíbrio de contrato com a Urbs.