Venda de comida em feiras de artesanato pode ser restringida
Empresários que já possuam restaurante aberto ao público, com alvará estabelecido, podem ser proibidos de vender comida nas feiras de artesanato (005.00118.2015). É o que sugere a vereadora Julieta Reis (DEM), em projeto de lei que começou a tramitar nesta terça-feira (19) na Câmara Municipal. Para ela, esses espaços existem para “incentivar a produção artesanal, feita em cozinhas domésticas e por pequenos empreendedores”.
A indicação que prioriza a venda de produtos artesanais já existe na lei municipal 14.000/2012, que no artigo 9º define arte culinária caseira como “o processo de produção de alimentos caseiros, predominantemente artesanais executado em cozinhas domésticas com características culturais, étnicas, nacionais e internacionais”. Aqui, Julieta Reis pede a inclusão de um parágrafo único dizendo que “o produtor não poderá ter restaurante aberto ao público com alvará estabelecido”.
“O intuito é que não haja disparidade na oferta e na demanda entre os grandes e os pequenos empreendedores na arte culinária caseira”, reforça a vereadora, na justificativa da proposição. “As feiras de artesanato devem ser destinadas às pessoas que não possuem restaurantes com portas abertas ao público”, frisa.
Tramitação
Após a leitura no pequeno expediente de uma sessão plenária, o projeto de lei começa a tramitar na Câmara de Curitiba. Primeiro a matéria recebe uma instrução técnica da Procuradoria Jurídica e depois segue para as comissões temáticas do Legislativo. Durante a análise dos colegiados, podem ser solicitados estudos adicionais, juntada de documentos faltantes, revisões no texto ou o posicionamento de outros órgãos públicos afetados pelo teor do projeto. Depois de passar pelas comissões, o projeto segue para o plenário e, se aprovado, para sanção do prefeito para virar lei.
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