Vandalismo será discutido em plenário

por Assessoria Comunicação publicado 15/10/2010 19h15, última modificação 01/07/2021 08h11
“O Portal Polonês, no Bosque do Papa, no Centro Cívico, é mais uma triste referência do vandalismo praticado em praças, parques e logradouros instituídos para o bem-estar e lazer do povo curitibano”, alerta o primeiro vice-presidente da Câmara Municipal, vereador Tito Zeglin (PDT).
O problema do vandalismo que vem causando prejuízos para a população e aos cofres do município foi pautado pelo parlamentar para debate em plenário, na próxima semana. Zeglin é autor da lei de criação do portal e está inconformado com os danos provocados na estrutura, “porque eles atingem a  história do Estado e de um povo que imigrou para o Paraná e aqui ajudou no crescimento social e econômico.” No orçamento de 2009, chegou a apresentar emenda parlamentar com objetivo de restaurar o símbolo da colônia polonesa na capital, contudo “problemas de licitação impediram a sua concretização”. O primeiro vice conferiu com moradores e comerciantes vizinhos ao bosque que, “há pelo menos três anos, o ponto turístico está pichado e danificado.”
Violência urbana
Para Zeglin, “o vandalismo é um problema muito sério na violência urbana de Curitiba”. A maior frequência é nos parques, onde o Departamento de Parques e Praças da Secretaria Municipal do Meio Ambiente aplica mais de R$ 1 milhão ao ano nas restaurações. Os mais visados são o Náutico, que passa por revitalização; o Bosque do Trabalhador, na Avenida das Indústrias, na CIC, “onde pedimos e fomos atendidos na recuperação das instalações danificadas, e o Parque Tingüi, na região Norte da cidade.
Em geral, o crime é cometido contra qualquer tipo de equipamento urbano. “Além dos portais, estão churrasqueiras e lixeiras dos 30 parques da cidade, que  sofrem seguidas depredações, afirma. "Os vândalos picham, quebram ou ateiam fogo, destruindo o que é deles mesmo, sem respeitar o convívio coletivo. É como destruir o próprio quintal”, lamenta o vereador.
Recuperação
Em contato com  o gerente de Praças, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Luiz Albuquerque, Zeglin verificou que o  vandalismo consome todos os meses 73% dos recursos públicos destinados à manutenção de praças. "O dinheiro, que poderia ser usado para novos atrativos ou mesmo na ampliação dos espaços de lazer, acaba sendo direcionado para consertar equipamentos quebrados", diz o gerente. Em algumas praças, a recuperação de equipamentos chega a ser feita mensalmente. É o caso da praça Mário Vendramel, na Vila das Torres. Outros pontos que sofrem com o mesmo problema são as praças da Vila Oficinas,  Santa Efigênia, na Barreirinha, e a Afonso Botelho (em frente ao estádio do Atlético), no bairro Água Verde. Esta última é alvo constante de pichações.
“O que mais entristece os cidadãos ordeiros é que o vandalismo não se resume aos locais de cultura e lazer da população, mas também ocorre,  seguidamente, nos veículos do transporte coletivo, nos terminais, estações-tubo e em todos os locais onde o vândalo possa exibir a sua marca e expandir o medo e a insegurança à população”, diz Zeglin.  O parlamentar vai solicitar oficialmente às autoridades policias  mais policiamento, fiscalização e monitoramento para coibir estes atos. Em paralelo, pede  campanhas de conscientização e orientação  sobre os danos provocados pelo vandalismo. “É preciso reforçar o fato de que somos todos responsáveis pela nossa cidade”, finaliza.