Validade da vala séptica acaba no próximo dia 15

por Assessoria Comunicação publicado 02/03/2005 18h35, última modificação 19/05/2021 16h36
A prazo máximo da utilização da vala séptica da Cidade Industrial expira no próximo dia 15 e o problema do tratamento e destino do lixo hospitalar precisa ser solucionado. Esse foi o teor da reunião de mais uma reunião da Comissão de Saúde, Bem-Estar Social e Meio Ambiente da Câmara de Curitiba, presidida pelo vereador Angelo Batista (PP), com representantes da área de saúde da administração pública e privada e de empresas de transporte.
No início da discussão, o vereador Sabino Picolo (PFL) lembrou que o prazo para que hospitais, clínicas e farmácias se adequem à legislação está vencendo. Também destacou que a Prefeitura previa no orçamento anual de 2005 a aquisição de terreno para encaminhar e tratar o lixo. José Francisco Schiavon, presidente da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Paraná, reiterou seu posicionamento: que as dificuldades para estabelecimentos cumprirem as novas normas é imensa e que os hospitais não estão preparados para gerenciar o lixo além de suas dependências. Reafirmou que depende apenas de vontade de política para a manutenção do serviço por parte do Executivo Municipal.
Impasse
O secretário Municipal do Meio Ambiente, Domingos Caporrino, afirmou que pelo fato de se prever no orçamento da cidade valores relacionadas ao lixo, não significa que todo esse valor seria destinado ao lixo hospitalar. Mariza O. Dias, também da Secretaria do Meio Ambiente, apresentou em detalhes dados dos demais investimentos da Prefeitura na questão e ressaltou que grandes estabelecimentos de saúde já têm procurado a secretaria para receber instruções. “É um avanço importante, mas temos mais de 5 mil estabelecimentos de saúde em Curitiba”.
A vereadora Roseli Isidoro (PT) cobrou a conscientização dos funcionários das empresas privadas na destinação final do lixo hospitalar. Disse que “ o problema é antigo e não se pode responsabilizar a Prefeitura”.
Os empresários ligados ao setor levantaram questões técnicas (armazenamento, métodos, por exemplo). Para Rasca Rodrigues, presidente do IAP (Instituo Ambiental do Paraná), “deveríamos ter essa conduta que valoriza o debate há um ano, quando havia tempo hábil para soluções melhores”, acrescentando que esse é uma assunto de vital importância para toda a sociedade e que “não podemos mais mentir para nós mesmos”, diante do problema, sob o risco de sofrermos conseqüências mais graves no futuro.
Nova reunião está marcada para a próxima semana. Segundo o vereador Angelo Batista serão convidados representantes do Ministério Público e do Tribunal de Contas.