Com 20 votos favoráveis na votação em segundo turno, os vereadores de Curitiba confirmaram, nesta quarta-feira (15), a extinção do cargo de cozinheiro do quadro próprio da Fundação de Assistência Social (FAS) – projeto de lei 005.00224.2014. Diferente da votação na véspera, quando cinco parlamentares se manifestaram contra a medida, apenas Chicarelli (PSDC) e Professora Josete (PT) se posicionaram dessa forma hoje (leia mais).

Somente Chicarelli optou por defender a desaprovação da matéria em plenário, aproveitando esse tempo para retomar discussão do dia anterior. “Conforme eu disse que ia fazer, ontem fui acompanhar o almoço servido às pessoas em situação de rua. Fui na unidade da FAS no Rebouças e pude comprovar a qualidade dos alimentos. Por experiência própria, sei que a comida servida nas escolas de Colombo, que é feita na hora, em vez de vir em marmitas, é melhor – mas a comida de Curitiba não é ruim”, avaliou.

No dia anterior, o parlamentar havia questionado se a terceirização completa da preparação de alimentos não reduziria a qualidade do serviço - “aquilo que o morador de rua quer de melhor é a comida, que precisa ser boa e bem preparada. Não uma comida empacotada, uma lavagem”, havia dito Chicarelli no debate da terça-feira. Só que a afirmação foi considerada vaga pelos vereadores Jonny Stica (PT) e Carla Pimentel (PSC), que questionaram o parlamentar se ele conhecia a realidade do atendimento às pessoas em situação de rua. O líder do prefeito na Câmara Municipal, Salamuni (PV), chegou a classificar a declaração de “criancice”.

Hoje, depois de Chicarelli retificar suas afirmações, também Paulo Salamuni “voltou atrás”. “Eu cumprimento o vereador por ter ido visitar a unidade da FAS e constatado o atendimento”, afirmou o líder do prefeito, “e peço que entenda que o debate sobre os projetos de lei não são pessoas, são defesas de tese. Se o senhor faz de forma enfática sua fala, eu preciso fazer isso também”.