Vacinação contra gripe A entre os destaques da Saúde
Três temas mereceram destaque na prestação de contas da Secretaria Municipal da Saúde referente ao primeiro trimestre de 2010, em audiência pública realizada nesta quarta-feira (30), na Câmara Municipal. A secretária Eliane Chomatas ressaltou o sucesso no enfrentamento da gripe A (H1N1), com registro de mais de um milhão de doses de vacinas aplicadas no período, a convocação de 146 médicos aprovados no último concurso e a inauguração de novas unidades de prestação de serviços.
A audiência, convocada pelo presidente da Comissão de Saúde, vereador Aldemir Manfron (PP), confirma as determinações da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que promove mais transparência nos poderes públicos. Realizada no plenário da Casa, contou com a presença de diversos técnicos da pasta e vereadores, que participaram do debate (ver box).
Investimento
Com uma receita que superou os R$ 207 milhões nos três primeiros meses deste ano, a Secretaria da Saúde somou R$ 187.494.844,99 em despesas. O maior volume de investimentos ficou vinculado ao setor de atendimento de média e alta complexidade, seguido da prestação de serviços pelo Sistema Único de Saúde, o SUS, com R$ 76.614.220,61. A manutenção de todo sistema de saúde gerou um custeio em torno de R$ 76 milhões, em sua maior parte destinado aos recursos humanos. O setor consumiu, em três meses, mais de R$ 64 milhões e foi um dos principais destaques da prestação de contas. A secretária Eliane Chomatas informou que, em 2010, foram chamados mais de 200 profissionais de saúde. Além dos 146 médicos (110 clínicos gerais, 22 ginecologistas, dez pediatras e quatro psiquiatras), já apresentaram seus documentos para o trabalho mais 50 auxiliares de enfermagem, 20 auxiliares dentários e dois terapeutas ocupacionais. As nomeações serão a partir de julho, para ingresso imediato. Com esse avanço de pessoal, a prefeitura completa 3.289 profissionais contratados desde 2005.
Vacinação
Em três meses, a Secretaria Municipal da Saúde aplicou 1,2 milhão de doses da vacina contra a gripe A (H1N1) em comparação com 640 mil de todas as outras, disponibilizadas ao longo de um ano. A informação refletiu parte do trabalho permanente da Divisão de Imunobiológicos do Centro de Epidemiologia da pasta. Segundo Eliane Chomatas, este "foi um dos pontos extremamente positivos para esta prestação de contas, considerando que Curitiba tem população de 1,8 milhão de habitantes". Também foi importante a ênfase dada à vacinação contra a poliomielite (paralisia infantil), com 115.099 crianças menores de 5 anos imunizadas, representando 95,7% das 120.294 desta faixa etária residentes na cidade.
Outros blocos de ações mereceram destaque na apresentação, como os atendimentos feitos em atenção básica, vigilância à saúde, assistência farmacêutica e vigilância sanitária. Em cada um, foram detalhadas as atividades e atendimentos ao cidadão curitibano, além dos programas específicos.
Mais uma vez, sobressaiu o índice de solicitações (41%) em comparação com o índice de reclamações (39%) registrado pela Ouvidoria da Saúde, representando uma evolução no atendimento prestado.
Ao final da exposição, a secretária ressaltou o volume de obras neste três meses. Foram reconstruídos espaços de saúde, a Unidade de Saúde Barigui e inaugurado o Centro de Saúde Boa Vista.
A audiência, convocada pelo presidente da Comissão de Saúde, vereador Aldemir Manfron (PP), confirma as determinações da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que promove mais transparência nos poderes públicos. Realizada no plenário da Casa, contou com a presença de diversos técnicos da pasta e vereadores, que participaram do debate (ver box).
Investimento
Com uma receita que superou os R$ 207 milhões nos três primeiros meses deste ano, a Secretaria da Saúde somou R$ 187.494.844,99 em despesas. O maior volume de investimentos ficou vinculado ao setor de atendimento de média e alta complexidade, seguido da prestação de serviços pelo Sistema Único de Saúde, o SUS, com R$ 76.614.220,61. A manutenção de todo sistema de saúde gerou um custeio em torno de R$ 76 milhões, em sua maior parte destinado aos recursos humanos. O setor consumiu, em três meses, mais de R$ 64 milhões e foi um dos principais destaques da prestação de contas. A secretária Eliane Chomatas informou que, em 2010, foram chamados mais de 200 profissionais de saúde. Além dos 146 médicos (110 clínicos gerais, 22 ginecologistas, dez pediatras e quatro psiquiatras), já apresentaram seus documentos para o trabalho mais 50 auxiliares de enfermagem, 20 auxiliares dentários e dois terapeutas ocupacionais. As nomeações serão a partir de julho, para ingresso imediato. Com esse avanço de pessoal, a prefeitura completa 3.289 profissionais contratados desde 2005.
Vacinação
Em três meses, a Secretaria Municipal da Saúde aplicou 1,2 milhão de doses da vacina contra a gripe A (H1N1) em comparação com 640 mil de todas as outras, disponibilizadas ao longo de um ano. A informação refletiu parte do trabalho permanente da Divisão de Imunobiológicos do Centro de Epidemiologia da pasta. Segundo Eliane Chomatas, este "foi um dos pontos extremamente positivos para esta prestação de contas, considerando que Curitiba tem população de 1,8 milhão de habitantes". Também foi importante a ênfase dada à vacinação contra a poliomielite (paralisia infantil), com 115.099 crianças menores de 5 anos imunizadas, representando 95,7% das 120.294 desta faixa etária residentes na cidade.
Outros blocos de ações mereceram destaque na apresentação, como os atendimentos feitos em atenção básica, vigilância à saúde, assistência farmacêutica e vigilância sanitária. Em cada um, foram detalhadas as atividades e atendimentos ao cidadão curitibano, além dos programas específicos.
Mais uma vez, sobressaiu o índice de solicitações (41%) em comparação com o índice de reclamações (39%) registrado pela Ouvidoria da Saúde, representando uma evolução no atendimento prestado.
Ao final da exposição, a secretária ressaltou o volume de obras neste três meses. Foram reconstruídos espaços de saúde, a Unidade de Saúde Barigui e inaugurado o Centro de Saúde Boa Vista.
BOX
O líder do prefeito, Mario Celso Cunha (PSB), cumprimentou a secretária Eliane Chomatas em nome do prefeito Luciano Ducci, que, antes de ocupar o cargo deixado por Beto Richa, era o responsável pela Secretaria Municipal da Saúde. Os projetos desenvolvidos por Ducci foram lembrados pelo vereador, que destacou a aplicação de recursos na área em Curitiba em índice superior ao previsto pela Constituição Federal.
Para o vereador Denilson Pires (DEM), a estrutura e planejamento de Curitiba na área da saúde são excelentes, “diferente do que ocorre em nível nacional”. De acordo com ele, o Brasil é um dos países que menos investem na saúde pública.
O número de médicos, principalmente para atender a demanda nos postos de saúde, foi apontado pelos vereadores como o principal problema no setor. Diversos parlamentares registraram este déficit durante os apartes. “Muitas vezes, o paciente aguarda meses por uma consulta, que pode ser decisiva em sua vida”, alegaram.
Já o trabalho de vacinação contra a gripe A (H1N1) foi elogiado pelos parlamentares, que consideram a prevenção o melhor caminho para garantir a saúde da população.
Os atendimentos na área de saúde mental foram questionados pela vereadora Professora Josete (PT). De acordo com Eliane Chomatas, Curitiba dispõe de três instituições para este tipo de tratamento, que incluem os dependentes químicos. É possível realizar internamentos no Hospital Bom Retiro, Nossa Senhora da Luz e no Hospital Dr. Hélio Gutemberg. São ofertados pouco mais de 400 leitos. As consultas com especialistas, motivo de filas e demora no atendimento, foram comentadas pelo vereador Jonny Stica (PT). Este atendimento depende de médicos especializados e, segundo Eliane, os custos são mais altos, o que causa certa demora no atendimento, embora todos os pacientes recebam atenção. Citou como exemplo a ortopedia, uma das referências em Curitiba.
A região Sul e seu grande crescimento populacional representa uma das preocupações do vereador Roberto Hinça (PDT) quanto aos atendimentos em saúde. De acordo com o parlamentar, cerca de 2,5 mil casas estão sendo construídas e há outras na previsão da Companhia de Habitação Popular (Cohab). “A Secretaria de Saúde acompanha o aumento demográfico em todas as áreas da cidade. No Tatuquara, por exemplo, está prevista reserva de área para a implantação de mais uma unidade”, disse Eliane Chomatas, informando que obras de novas unidades de saúde estão em andamento. A excelente cobertura vacinal em Curitiba foi elogiada pelo vereador Serginho do Posto (PSDB).
O líder do prefeito, Mario Celso Cunha (PSB), cumprimentou a secretária Eliane Chomatas em nome do prefeito Luciano Ducci, que, antes de ocupar o cargo deixado por Beto Richa, era o responsável pela Secretaria Municipal da Saúde. Os projetos desenvolvidos por Ducci foram lembrados pelo vereador, que destacou a aplicação de recursos na área em Curitiba em índice superior ao previsto pela Constituição Federal.
Para o vereador Denilson Pires (DEM), a estrutura e planejamento de Curitiba na área da saúde são excelentes, “diferente do que ocorre em nível nacional”. De acordo com ele, o Brasil é um dos países que menos investem na saúde pública.
O número de médicos, principalmente para atender a demanda nos postos de saúde, foi apontado pelos vereadores como o principal problema no setor. Diversos parlamentares registraram este déficit durante os apartes. “Muitas vezes, o paciente aguarda meses por uma consulta, que pode ser decisiva em sua vida”, alegaram.
Já o trabalho de vacinação contra a gripe A (H1N1) foi elogiado pelos parlamentares, que consideram a prevenção o melhor caminho para garantir a saúde da população.
Os atendimentos na área de saúde mental foram questionados pela vereadora Professora Josete (PT). De acordo com Eliane Chomatas, Curitiba dispõe de três instituições para este tipo de tratamento, que incluem os dependentes químicos. É possível realizar internamentos no Hospital Bom Retiro, Nossa Senhora da Luz e no Hospital Dr. Hélio Gutemberg. São ofertados pouco mais de 400 leitos. As consultas com especialistas, motivo de filas e demora no atendimento, foram comentadas pelo vereador Jonny Stica (PT). Este atendimento depende de médicos especializados e, segundo Eliane, os custos são mais altos, o que causa certa demora no atendimento, embora todos os pacientes recebam atenção. Citou como exemplo a ortopedia, uma das referências em Curitiba.
A região Sul e seu grande crescimento populacional representa uma das preocupações do vereador Roberto Hinça (PDT) quanto aos atendimentos em saúde. De acordo com o parlamentar, cerca de 2,5 mil casas estão sendo construídas e há outras na previsão da Companhia de Habitação Popular (Cohab). “A Secretaria de Saúde acompanha o aumento demográfico em todas as áreas da cidade. No Tatuquara, por exemplo, está prevista reserva de área para a implantação de mais uma unidade”, disse Eliane Chomatas, informando que obras de novas unidades de saúde estão em andamento. A excelente cobertura vacinal em Curitiba foi elogiada pelo vereador Serginho do Posto (PSDB).
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba