Vacinação avança em Curitiba e Greca cobra suporte do governo federal

por José Lázaro Jr. — publicado 02/08/2021 16h10, última modificação 02/08/2021 16h14
Na retomada das sessões plenárias na Câmara de Curitiba, o prefeito Rafael Greca cobrou apoio do governo federal ao Município e elogiou São Paulo por “pioneirismo” na vacinação.
Vacinação avança em Curitiba e Greca cobra suporte do governo federal

Prefeito Rafael Greca participa de sessão na CMC. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

Com o combate à pandemia do novo coronavírus avançando na capital do Paraná, e mais de 1 milhão de doses do imunizante aplicadas, o prefeito Rafael Greca visitou a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) para falar aos vereadores na retomada das sessões plenárias, nesta segunda-feira (2). Ele falou após o presidente da CMC, Tico Kuzma (Pros), que defendeu a atuação do Legislativo, e depois do líder do governo, Pier Petruzziello (PTB), que elogiou a atuação do Executivo no enfrentamento da pandemia. Greca cobrou mais apoio do governo federal, sinalizando o desejo de imunizar a população da cidade até o fim do ano. "Vamos viver o tempo da cura, o Natal da Cura, com a imunização completa da cidade”, disse.

“Se o governo federal, com o estadual, tiver agilidade na entrega dos imunizantes, nós podemos vacinar 30 mil pessoas por dia e não temos medo de trabalhar. O problema é que nem sempre temos os imunizantes. Nem temos a bem-aventurada situação do Rio de Janeiro, que possui o Instituto Oswaldo Cruz, nem da bem-aventurada São Paulo, que possui o Instituto Butantan. Mérito ao governo de São Paulo pelo pioneirismo da vacinação no Brasil”, afirmou Greca. Ele se referiu ao governador João Dória (PSDB), por ter viabilizado a produção da vacina Coronavac no Butantan.

Greca disse que a pandemia ainda aflige Curitiba, “embora já em remissão”. “Devemos seguir os cuidados, com a ciência da epidemiologia e com a saúde pública, pautados pelo respeito à vida”, posicionou-se o prefeito. Após apresentar o plano de obras para a cidade, ele fez nova crítica ao governo federal, partindo da falta de recursos para viabilizar o metrô. “Em dois anos [da gestão Jair Bolsonaro], o governo federal mandou apenas R$ 9 milhões para Curitiba. Sonhar com o metrô seria criar um buraco, um rombo nas finanças insustentável. O governo Temer mandou R$ 199 milhões”, enumerou.

“Faça-se o registro, para que se perceba que o Brasil inteiro dá e Brasília tira. O Brasil inteiro dá e Brasília tira”, disparou Rafael Greca, numa aparente alusão a um dos slogans de campanha de Bolsonaro à presidência, quando o candidato prometia “mais Brasil, menos Brasília”. Houve, ainda, um terceiro momento de posicionamento político do prefeito de Curitiba, no qual ele criticou negacionistas da mudança climática, após anunciar as obras de sustentabilidade que o Executivo planeja concluir. “O aquecimento global existe, só um energúmeno não perceberia isto”, declarou.

“Meu desejo é que todos tenham êxito no novo período legislativo. 2021 é um ano cheio de desafios”, ponderou o prefeito, dirigindo-se aos vereadores de Curitiba. “É com alegria que vemos um futuro mais próspero, em decorrência de todos os projetos e programas que conseguimos estruturar após reerguemos Curitiba das ruínas financeiras que havíamos herdado. Já faz um tempo, pelas mãos dos vereadores, que Curitiba voltou a ser Curitiba. A esperança é o sonho de quem está acordado. Vamos erguer a cidade com a força da esperança, com a vibração do amor que tudo sempre vence. Vamos ver a remissão da pandemia e vamos afirmar o grande futuro que essa cidade merece”, concluiu.