Vacina da gripe: trabalhadores do transporte podem ter prioridade

por Assessoria Comunicação publicado 13/03/2017 13h30, última modificação 14/10/2021 15h32

Em visita inédita à Câmara de Curitiba, nesta segunda-feira (13), o ministro da Saúde, Ricardo Barros, acatou uma sugestão do plenário para incluir motoristas e cobradores de ônibus no grupo de pessoas que recebem antes a vacina da gripe. Ele disse que levará a ideia  do vereador Rogerio Campos (PSC) ao governo federal. “Tenho feito essa prestação de contas em várias cidades do Brasil e a gente sempre aprende alguma coisa”, comentou. Antes, tinha anunciado a inclusão dos professores no grupo prioritário, que já incluía profissionais da saúde.

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Depois de prestar contas das ações do governo federal, Ricardo Barros respondeu a perguntas de 18 vereadores. Sobre a liberação de planos de saúde populares, indagada por Noemia Rocha (PMDB), comentou que a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) montou um grupo de trabalho para estudar mudanças na normatização em vigor. Também disse para a médica Maria Leticia Fagundes (PV) que o credenciamento de novas unidades para atender pelo SUS é uma competência municipal. “Pra nós, é bom. Quanto mais gente trabalhando, menos filas teremos”, respondeu.

Cobrado da ausência de um aparelho de raio-X na UPA Campo Magro, por Mauro Ignacio (PSB), o ministro Ricardo Barros sugeriu que seja solicitado algum dos equipamentos apreendidos pela Receita Federal, que estão sob guarda da pasta dele. “Se não conseguir lá, peça para o Baracho [secretário municipal de Saúde] fazer o pedido”, recomendou. Sobre os riscos da febre amarela, uma preocupação do Mestre Pop (PSC), disse que a doença “está sob controle”. “Fabricamos a vacina, temos estoque e trabalhamos para bloquear a expansão”, assegurou.

Tico Kuzma (Pros) perguntou se o Ministério da Saúde não tinha planos de fazer mutirões para reduzir as filas de cirurgias, por exemplo. “Tenho R$ 340 milhões no orçamento deste ano para mutirões, mas não vou distribuir o dinheiro enquanto os Estados não organizarem as filas. Preciso saber como elas estão”, reclamou Ricardo Barros. Ele disse ter visitado os hospitais com os dados atrasados, para que agilizem o preenchimento do sistema eletrônico. Ao vereador Goura (PDT), que perguntou por casas de parto humanizado, o ministro disse que o governo federal está aberto ao credenciamento destas unidades.

Ele discordou da Professora Josete (PT), para quem a PEC 55 vai limitar os gastos com Saúde no Brasil. “É uma questão de adequação de prioridades”, respondeu, argumentando que a norma fixa um teto para o crescimento dos gastos públicos, sem cotas, logo algumas áreas podem crescer acima da inflação desde que em outras isto não ocorra. Citando reportagem do programa “Fantástico”, da Rede Globo, que apontou supostos problemas na produção de medicamentos genéricos no Brasil, Barros disse que “a matéria tem uma série de erros”, mas que como “temos muitos produtores, [se for constatada irregularidade] não tem problema em fechar linhas de produção”.

Pier Petruzziello (PTB) e Serginho do Posto (PSDB) elogiaram bastante a vinda de Ricardo Barros ao plenário da Câmara Municipal. “Nos doze anos que eu estou aqui, nunca vi isto acontecer, de um ministro se submeter a uma sabatina dos vereadores”, comentou Serginho, que preside o Legislativo. Pier disse ser bom para o Paraná ter um político que o represente em Brasília, motivo pelo qual o chamou de “paranista”. Sabino Picolo (DEM) se somou ao elogio.

O ministro também respondeu a perguntas de Oscalino do Povo (PTN), Ezequias Barros (PRP), Katia Dittrich (SD) e Zezinho Sabará (PDT). Para Mauro Bobato (PTN), que perguntou se o Hospital Oswaldo Cruz seria fechado, Ricado Barros disse não ter essa informação. A sucessão de perguntas ao político tomou a hora final da sessão plenária da segunda-feira. “Quando estiverem em Brasília, podem passar no Ministério, que tenho três salas para os atendimentos, ainda que rápidos, mesmo sem hora marcada”, garantiu.