Uso de energia solar pode ter incentivos
A cidade pode ter programa de incentivos fiscais ao uso de energia solar. A proposta consta em projeto dos vereadores João Cláudio Derosso (PSDB) e Aladim Luciano (PV) apresentado na Câmara de Curitiba. O assunto foi amplamente discutido, nesta quinta-feira (14), no seminário Cidades Solares, organizado pelos parlamentares, e realizado no auditório do Anexo II do Legislativo. “A idéia da iniciativa é criar legislação municipal que incentive o uso de aquecedores solares em substituição aos chuveiros ou aquecedores elétricos ou a gás. Com isso, pretende-se criar condições para que a sociedade brasileira tome partido das vantagens sociais e ambientais da tecnologia solar”, disse Aladim.
Segundo o vereador, “a idéia central deste seminário é demonstrar que é possível o aproveitamento da energia solar, contribuindo com o respeito ao meio ambiente, e construir nova consciência, com o exercício da nossa cidadania. Os debates sobre o tema vão proporcionar a multiplicação de informações, mostrando que com a união de todos faremos a diferença. E Curitiba, como capital ecológica, precisa dar sua contribuição”.
Economia
Para o físico e ambientalista Délcio Rodrigues, pesquisador associado do Instituto Vitae Civilis e do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, coordenador da iniciativa do projeto Cidades Solares, é importante que a sociedade civil entenda todo o processo de aquecimento solar, para que atue na direção de usá-lo cada vez mais. “No Brasil, hoje os chuveiros consomem 6% do total da energia elétrica produzida. E a substituição pela energia renovável trará grandes benefícios, não só ao consumidor como para o País, com a redução da necessidade de construção de novas hidrelétricas e a economia na conta de luz para as famílias, que pode chegar até 45% , além da geração de empregos. Para o consumidor, o chuveiro custa em média R$ 30,00, mas o setor elétrico precisa de investimento de US$ 900 para cada chuveiro instalado”, disse o físico.
O custo da instalação é uma das barreiras citadas pelo físico para uso da energia solar. Prevalecem, ainda, outras tecnologias de chuveiros e aquecedores a gás. Mas, o mais importante está na legislação. “Os códigos de obras dos municípios são pouco amigáveis”, destaca, apontando, ainda, o pouco conhecimento da tecnologia solar.
Crescimento
Os dados apresentados pelo diretor executivo do Departamento Nacional de Aquecimento Solar da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), Carlos Felipe da Cunha Faria, mostram que o crescimento nos últimos cinco anos foi de 15%, quando o País totalizou área superior a 2,7 milhões de metros quadrados de coletores instalados em operação, com redução de demanda de energia no horário de ponta de 252 MW, representando economia de R$ 750 milhões em infra-estrutura no setor elétrico. Permitiu, ainda, economia anual de 380 mil MW, além da geração de mais de 16 mil empregos qualificados diretos e indiretos. Já do ponto de vista ambiental, proporciona a redução da emissão de mais de 860 mil toneladas de gás carbônico na atmosfera.
O presidente da Cohab, Mounir Chaowiche, salientou que o aproveitamento da energia solar vem ao encontro de uma série de questões preocupantes, como a economia no consumo de energia e geração de empregos. “O curitibano muitas vezes não conhece a cidade. Hoje, temos 55 mil famílias vivendo em situações precárias. E, quando vamos atender uma comunidade, temos que pensar na casa, no emprego e no meio ambiente. E, se não ficarmos atentos, logo não teremos mais verde na cidade.”
Tecnologia
A física e doutora em Química pela Universidade Federal de Minas Gerais, Elizabeth Marques Duarte Pereira, professora da PUC-Minas, afirmou que a tecnologia brasileira nesta área é certificada e dominada pelos profissionais e, desde 97, o Inmetro vem fazendo testes com coletores e reservatórios térmicos, através do programa brasileiro de etiquetagem. “O aquecimento solar traz aumento de renda para a família. É a bolsa-energia para habitações populares. Se o Brasil quisesse mesmo resolver o problema de déficit habitacional, em torno de 6 milhões, não teríamos energia suficiente, pois precisaríamos de mais meia Itaipu”, disse, ressaltando a importância da utilização cada vez maior do aquecimento solar, através da incrementação de políticas públicas em parceria com o setor elétrico. O custo inicial deste processo fica em torno de R$ 1.300,00 para o consumidor e R$ 135 mil para as empresas e construções comerciais.
Experiências
Délcio Rodrigues também mostrou as experiências internacionais de promoção de energia solar. Há países que oferecem subsídios, prêmios e linhas especiais de crédito para instalação do coletor de energia, medidas de apoio, campanhas públicas e educação ambiental. Além disso, fornecem incentivo fiscal municipal que aumentam a arrecadação do ISS (Imposto Sobre Serviços).
Participaram da mesa de abertura dos trabalhos os vereadores Paulo Salamuni, Angelo Batista (PP), Mounir Chaowiche, presidente da Cohab; Rafael Filippin, coordenador da Liga Ambiental e representantes do condomínio da Biodiversidade e da Copel. Estavam presentes estudantes do 2º ano do ensino médio do Colégio Atual de Colombo, diversas autoridades e representantes de vários segmentos da sociedade civil.
Segundo o vereador, “a idéia central deste seminário é demonstrar que é possível o aproveitamento da energia solar, contribuindo com o respeito ao meio ambiente, e construir nova consciência, com o exercício da nossa cidadania. Os debates sobre o tema vão proporcionar a multiplicação de informações, mostrando que com a união de todos faremos a diferença. E Curitiba, como capital ecológica, precisa dar sua contribuição”.
Economia
Para o físico e ambientalista Délcio Rodrigues, pesquisador associado do Instituto Vitae Civilis e do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, coordenador da iniciativa do projeto Cidades Solares, é importante que a sociedade civil entenda todo o processo de aquecimento solar, para que atue na direção de usá-lo cada vez mais. “No Brasil, hoje os chuveiros consomem 6% do total da energia elétrica produzida. E a substituição pela energia renovável trará grandes benefícios, não só ao consumidor como para o País, com a redução da necessidade de construção de novas hidrelétricas e a economia na conta de luz para as famílias, que pode chegar até 45% , além da geração de empregos. Para o consumidor, o chuveiro custa em média R$ 30,00, mas o setor elétrico precisa de investimento de US$ 900 para cada chuveiro instalado”, disse o físico.
O custo da instalação é uma das barreiras citadas pelo físico para uso da energia solar. Prevalecem, ainda, outras tecnologias de chuveiros e aquecedores a gás. Mas, o mais importante está na legislação. “Os códigos de obras dos municípios são pouco amigáveis”, destaca, apontando, ainda, o pouco conhecimento da tecnologia solar.
Crescimento
Os dados apresentados pelo diretor executivo do Departamento Nacional de Aquecimento Solar da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), Carlos Felipe da Cunha Faria, mostram que o crescimento nos últimos cinco anos foi de 15%, quando o País totalizou área superior a 2,7 milhões de metros quadrados de coletores instalados em operação, com redução de demanda de energia no horário de ponta de 252 MW, representando economia de R$ 750 milhões em infra-estrutura no setor elétrico. Permitiu, ainda, economia anual de 380 mil MW, além da geração de mais de 16 mil empregos qualificados diretos e indiretos. Já do ponto de vista ambiental, proporciona a redução da emissão de mais de 860 mil toneladas de gás carbônico na atmosfera.
O presidente da Cohab, Mounir Chaowiche, salientou que o aproveitamento da energia solar vem ao encontro de uma série de questões preocupantes, como a economia no consumo de energia e geração de empregos. “O curitibano muitas vezes não conhece a cidade. Hoje, temos 55 mil famílias vivendo em situações precárias. E, quando vamos atender uma comunidade, temos que pensar na casa, no emprego e no meio ambiente. E, se não ficarmos atentos, logo não teremos mais verde na cidade.”
Tecnologia
A física e doutora em Química pela Universidade Federal de Minas Gerais, Elizabeth Marques Duarte Pereira, professora da PUC-Minas, afirmou que a tecnologia brasileira nesta área é certificada e dominada pelos profissionais e, desde 97, o Inmetro vem fazendo testes com coletores e reservatórios térmicos, através do programa brasileiro de etiquetagem. “O aquecimento solar traz aumento de renda para a família. É a bolsa-energia para habitações populares. Se o Brasil quisesse mesmo resolver o problema de déficit habitacional, em torno de 6 milhões, não teríamos energia suficiente, pois precisaríamos de mais meia Itaipu”, disse, ressaltando a importância da utilização cada vez maior do aquecimento solar, através da incrementação de políticas públicas em parceria com o setor elétrico. O custo inicial deste processo fica em torno de R$ 1.300,00 para o consumidor e R$ 135 mil para as empresas e construções comerciais.
Experiências
Délcio Rodrigues também mostrou as experiências internacionais de promoção de energia solar. Há países que oferecem subsídios, prêmios e linhas especiais de crédito para instalação do coletor de energia, medidas de apoio, campanhas públicas e educação ambiental. Além disso, fornecem incentivo fiscal municipal que aumentam a arrecadação do ISS (Imposto Sobre Serviços).
Participaram da mesa de abertura dos trabalhos os vereadores Paulo Salamuni, Angelo Batista (PP), Mounir Chaowiche, presidente da Cohab; Rafael Filippin, coordenador da Liga Ambiental e representantes do condomínio da Biodiversidade e da Copel. Estavam presentes estudantes do 2º ano do ensino médio do Colégio Atual de Colombo, diversas autoridades e representantes de vários segmentos da sociedade civil.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba