Uso de bermudas por motoristas de ônibus pode se estender por todo o ano
O vereador Rogério Campos (PSC) pretende autorizar, por meio de projeto de lei, em tramitação na Câmara Municipal, o uso de bermudas como parte do uniforme dos motoristas e cobradores do transporte coletivo de Curitiba (005.00041.2016). Segundo o autor, o clima da capital paranaense é muito “inconstante, variando durante todo o dia, semana ou mês, podendo o mesmo no inverno ter dias de temperaturas elevadas e no verão temperaturas baixas, havendo a necessidade de nos adequarmos”.
Rogério Campos já havia encaminhado à prefeitura a sugestão para que a medida fosse tomada (201.00038.2014). Em anos anteriores, a administração municipal autorizou o uso, mas apenas para o verão. Segundo o regulamento do transporte coletivo, determinado pela prefeitura, a bermuda pode ser de qualquer modelo, mas deve ter cor neutra e comprimento, no mínimo, até a altura do joelho. Não são permitidas peças com logomarcas ou referências a times de futebol, ou partidos políticos.
Caso a lei seja aprovada, Campos acredita que a medida contribuirá para uma vida mais saudável aos motoristas e cobradores que trabalham na capital. “O calor em excesso aumenta o risco de doenças respiratórias e consequentemente o risco de infarto, pois a pressão sanguínea sobe, favorecendo até mesmo o ataque cardíaco”, diz.
“Os motoristas e cobradores já trabalham em ambiente propício ao estresse, devido aos congestionamentos constantes e o contato direto com a população, que também vivencia o problema. Sendo assim, toda e qualquer atividade que possamos desenvolver para minimizar os problemas destes trabalhadores será bem-vinda”, acrescenta.
Tramitação
O projeto de lei foi lido no pequeno expediente da sessão plenária do dia 18 de abril, passo para deu início ao trâmite oficial. Primeiramente a matéria receberá uma instrução técnica da Procuradoria Jurídica e depois seguirá para as comissões temáticas do Legislativo. Durante a análise dos colegiados, poderão ser solicitados estudos adicionais, juntada de documentos faltantes, revisões no texto ou o posicionamento de outros órgãos públicos afetados pelo teor do projeto. Depois de passar pelas comissões, o projeto segue para o plenário e, se aprovado, para sanção do prefeito para virar lei.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba