Urbanismo debate revitalização do Passeio Público
A Comissão de Urbanismo e Obras Públicas promoveu um encontro na manhã desta quarta-feira (27) para debater soluções de revitalização para o Passeio Público. O presidente da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), Marcos Cordiolli, disse que é objetivo da prefeitura torná-lo um pólo atrativo à população. Além dele, estiveram presentes o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), Sérgio Póvoa Pires e intelectuais que representam o movimento de revitalização do Passeio Público: Dante Mendonça, Beto Bruel e Enéas Lour.
Jonny Stica (PT), presidente da Comissão, iniciou a reunião lembrando que o Passeio Público foi o primeiro espaço público voltado ao lazer da população. “Criado entre os anos de 1886 e 1887, o Passeio tinha como função o embelezamento estético da cidade, bem como a contenção de epidemias. O local foi determinante para que a cidade se expandisse em direção ao norte”, destacou o vereador.
Ele fez uma breve síntese das questões que envolvem a revitalização da Passeio Público. “A ocupação cultural se dará por meio da música, do teatro e da fotografia. Há a necessidade da retirada dos carros do interior do Passeio, bem como a verificação do regime de concessão em que se baseia o uso do espaço gastronômico (antigamente conhecido como “Lá no Pasquale”). Abertura de mais espaços gastronômicos. Valorização da presença de crianças e de pessoas da 3ª idade para que usufruam do local em acordo com suas necessidades. Por fim, não há como não mencionar o chafariz do Passeio, talvez o aspecto mais urgente nesse conjunto de transformações”, concluiu o vereador.
Helio Wirbiski (PPS), que foi o responsável por estabelecer um diálogo entre a Câmara e o grupo que propôs a revitalização do espaço, ressaltou que entre as atribuições do Legislativo Municipal, está a de apoiar iniciativas populares que sejam de interesse coletivo. “A causa da revitalização do Passeio nos parece pertinente, ainda mais por ter sido levantada por intelectuais de credibilidade”, pontuou. O parlamentar lembrou que “o Passeio, por sua importância histórica e urbanística é merecedor de uma atenção particularizada”.
Além de Wirbiski e Stica, compareceram os vereadores Toninho da Farmácia (PP), Pier Petruzziello (PTB) e Tiago Gevert (PSC), que compõem a Comissão. Mauro Ignácio (PSB), que é presidente da Comissão de Educação, Cultura e Turismo também participou da reunião.
Além da nostalgia
“O diálogo entre a administração pública e o movimento em prol do resgate de um espaço tão importante quanto o Passeio Público, representa uma nova maneira de fazer política em nossa cidade”, pontuou Marcos Cordiolli. Para ele, essa interação entre representantes da sociedade civil e órgãos diversos em torno de uma questão comum é a maneira mais adequada para se pensar a natureza e a extensão das ações necessárias.
O presidente da Fundação Cultural de Curitiba elencou locais que passarão por melhoramentos no sentido de torná-los novamente atrativos à população, e enfatizou que o objetivo é criar dois pólos: o primeiro na Boca Maldita, lugar tradicionalmente voltado ao debate das questões políticas. “O segundo seria o Passeio Público que, durante muitos anos, dominou o cenário intelectual de Curitiba. Eu mesmo me dediquei a uma pesquisa sobre figuras da literatura paranaense que frequentaram o Passeio Público, como Dario Vellozzo e Emiliano Perneta. Certamente esse passado deve ser preservado, mas as questões que hoje envolvem a manutenção do Passeio Público vão além da nostalgia”, esclareceu.
Ele também falou de algumas características do Passeio Público que merecem atenção especial, como é o caso do aquário (antigo coreto). “Uma das alternativas colocadas para recuperação do aquário foi a sua transformação em um museu da fotografia”, lembrou Cordiolli.
Ocupação
O presidente do IPPUC esclareceu que vê de forma positiva as interações entre diferentes órgãos da administração municipal. “Meu primeiro contato com a ideia de parceria entre entidades públicas aconteceu na gestão de Maurício Fruet, pai do atual prefeito”, lembrou Póvoa. “As transformações necessárias para que o Passeio Público volte a ser uma opção de lazer popular são apenas um passo dentro de um projeto muito maior de desenvolvimento. Tal projeto prevê a colaboração entre diferentes órgãos. Um encontro de vontades políticas em torno de objetivos comuns. Nesse sentido, tinha razão o poeta Vinícius de Moraes quando dizia que a vida é a arte do encontro”, observou.
Dante Mendonça, escritor e jornalista, também ressaltou a necessidade de interação entre os órgãos públicos no trato do tema. “A manutenção do Passeio Público é responsabilidade da Secretaria do Meio Ambiente, mas o local está inevitavelmente ligado à cultura, não só por fatores históricos, mas também porque em seu entorno há uma forte presença de entidades ligadas a esse setor”, enfatizou. O jornalista observou que a mobilização do meio artístico e cultural curitibano em prol da revitalização do local é uma verdadeira ocupação do espaço. “Sem desvalorizar os demais parques e praças, mas o Passeio ainda representa o coração da cidade e merece ser resgatado do estado de degradação pelo qual passou nos últimos anos”, esclareceu Mendonça.
Jonny Stica (PT), presidente da Comissão, iniciou a reunião lembrando que o Passeio Público foi o primeiro espaço público voltado ao lazer da população. “Criado entre os anos de 1886 e 1887, o Passeio tinha como função o embelezamento estético da cidade, bem como a contenção de epidemias. O local foi determinante para que a cidade se expandisse em direção ao norte”, destacou o vereador.
Ele fez uma breve síntese das questões que envolvem a revitalização da Passeio Público. “A ocupação cultural se dará por meio da música, do teatro e da fotografia. Há a necessidade da retirada dos carros do interior do Passeio, bem como a verificação do regime de concessão em que se baseia o uso do espaço gastronômico (antigamente conhecido como “Lá no Pasquale”). Abertura de mais espaços gastronômicos. Valorização da presença de crianças e de pessoas da 3ª idade para que usufruam do local em acordo com suas necessidades. Por fim, não há como não mencionar o chafariz do Passeio, talvez o aspecto mais urgente nesse conjunto de transformações”, concluiu o vereador.
Helio Wirbiski (PPS), que foi o responsável por estabelecer um diálogo entre a Câmara e o grupo que propôs a revitalização do espaço, ressaltou que entre as atribuições do Legislativo Municipal, está a de apoiar iniciativas populares que sejam de interesse coletivo. “A causa da revitalização do Passeio nos parece pertinente, ainda mais por ter sido levantada por intelectuais de credibilidade”, pontuou. O parlamentar lembrou que “o Passeio, por sua importância histórica e urbanística é merecedor de uma atenção particularizada”.
Além de Wirbiski e Stica, compareceram os vereadores Toninho da Farmácia (PP), Pier Petruzziello (PTB) e Tiago Gevert (PSC), que compõem a Comissão. Mauro Ignácio (PSB), que é presidente da Comissão de Educação, Cultura e Turismo também participou da reunião.
Além da nostalgia
“O diálogo entre a administração pública e o movimento em prol do resgate de um espaço tão importante quanto o Passeio Público, representa uma nova maneira de fazer política em nossa cidade”, pontuou Marcos Cordiolli. Para ele, essa interação entre representantes da sociedade civil e órgãos diversos em torno de uma questão comum é a maneira mais adequada para se pensar a natureza e a extensão das ações necessárias.
O presidente da Fundação Cultural de Curitiba elencou locais que passarão por melhoramentos no sentido de torná-los novamente atrativos à população, e enfatizou que o objetivo é criar dois pólos: o primeiro na Boca Maldita, lugar tradicionalmente voltado ao debate das questões políticas. “O segundo seria o Passeio Público que, durante muitos anos, dominou o cenário intelectual de Curitiba. Eu mesmo me dediquei a uma pesquisa sobre figuras da literatura paranaense que frequentaram o Passeio Público, como Dario Vellozzo e Emiliano Perneta. Certamente esse passado deve ser preservado, mas as questões que hoje envolvem a manutenção do Passeio Público vão além da nostalgia”, esclareceu.
Ele também falou de algumas características do Passeio Público que merecem atenção especial, como é o caso do aquário (antigo coreto). “Uma das alternativas colocadas para recuperação do aquário foi a sua transformação em um museu da fotografia”, lembrou Cordiolli.
Ocupação
O presidente do IPPUC esclareceu que vê de forma positiva as interações entre diferentes órgãos da administração municipal. “Meu primeiro contato com a ideia de parceria entre entidades públicas aconteceu na gestão de Maurício Fruet, pai do atual prefeito”, lembrou Póvoa. “As transformações necessárias para que o Passeio Público volte a ser uma opção de lazer popular são apenas um passo dentro de um projeto muito maior de desenvolvimento. Tal projeto prevê a colaboração entre diferentes órgãos. Um encontro de vontades políticas em torno de objetivos comuns. Nesse sentido, tinha razão o poeta Vinícius de Moraes quando dizia que a vida é a arte do encontro”, observou.
Dante Mendonça, escritor e jornalista, também ressaltou a necessidade de interação entre os órgãos públicos no trato do tema. “A manutenção do Passeio Público é responsabilidade da Secretaria do Meio Ambiente, mas o local está inevitavelmente ligado à cultura, não só por fatores históricos, mas também porque em seu entorno há uma forte presença de entidades ligadas a esse setor”, enfatizou. O jornalista observou que a mobilização do meio artístico e cultural curitibano em prol da revitalização do local é uma verdadeira ocupação do espaço. “Sem desvalorizar os demais parques e praças, mas o Passeio ainda representa o coração da cidade e merece ser resgatado do estado de degradação pelo qual passou nos últimos anos”, esclareceu Mendonça.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba