Urbanismo contra o crime une Câmara e Polícia Militar
Os vereadores da Comissão de Urbanismo e Obras Públicas da Câmara Municipal de Curitiba reuniram-se com o coronel da Polícia Militar Roberson Bondaruk, comandante da Academia do Guatupê e especialista em desenvolvimento urbano e segurança pública. O objetivo da reunião desta terça-feira (03) foi iniciar uma parceria técnica para a promoção de ações que reduzam a violência na capital a partir das possibilidades já oferecidas pelo urbanismo. "O poder público municipal pode ajudar muito no combate contra o crime, não ficando restrito só às câmeras de vigilância e à Guarda Municipal. Nos locais em que há criminalidade crônica o problema é de estrutura, não só de policiamento", explica Bondaruk.
O coronel da PM apresentou aos vereadores várias situações em que cuidados de urbanismo resolveriam para diminuir a violência, ressaltando a eficácia de ações simples como a substituição de muros altos por grades, por exemplo, ou a harmonização do paisagismo com a iluminação pública, garantindo a boa iluminação das vias públicas. "A permeabilidade visual e a apropriação dos espaços públicos pelos cidadãos inibe a ação dos criminosos", afirmou Bondaruk, que expôs aos vereadores a necessidade dos governos adotarem medidas para evitar o fechamento das propriedades provocado pelo sentimento de insegurança, pois isso favorece a criminalidade ao criar becos, desvãos e ruas desertas. "O papel dos vereadores é fundamental. É preciso haver incentivo fiscal para quem siga os preceitos da arquitetura contra a violência em suas casas. As câmaras municipais podem facilitar a ação da prefeitura no combate sistemático aos imóveis abandonados, por exemplo", apontou o coronel, que é autor de livros pioneiros na área e se prepara para lançar nas próximas semanas a cartilha "Nossos municípios mais seguros", em parceria com o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (Crea-PR).
Bondaruk defende a criação de um Instituto Municipal de Segurança Pública, voltado para o estudo das medidas de defesa social cabíveis às cidades, como a ponderação entre a legislação ambiental e a redução da violência. "A comissão pode ser proponente de leis que preencham as lacunas apontadas pelo coronel, como os imóveis abandonados e a inclusão da secretaria municipal de Defesa Social no trâmite de aprovação de novos empreendimentos de construção civil na capital, por exemplo", adiantou o vereador Tico Kuzma (PSB), presidente da Comissão de Urbanismo, composta também pelos vereadores Omar Sabbag Filho (PSDB), Felipe Braga Côrtes (PSDB), Julieta Reis (DEM) e Jonny Stica (PT).
"A Câmara Municipal está interessada em políticas públicas de segurança para a população de Curitiba, principalmente aquelas que considerem os aspectos de metrópole da capital", destacou Sabbag Filho, autor do convite que resultou na visita do coronel Bondaruk à comissão. Os parlamentares e o convidado combinaram de realizar ainda em novembro uma nova atividade para debater o tema com estudantes universitários, profissionais do setor e a Prefeitura de Curitiba. Bondaruk convidou os membros da comissão a visitarem o Guatupê e a procurá-lo sempre que houver a necessidade de debater um projeto relacionado a àrea. O coronel colocou-se à disposição para coordenar um curso de formação para técnicos da Câmara, a fim de difundir o conhecimento que obteve após anos de estudo na área. "O Plano Diretor, o zoneamento, o Estatuto das Cidades, todos esses códigos influenciam na qualidade da segurança ofertada aos cidadãos. Eu estudei quase todos os bolsões de pobreza de Curitiba. Onde estão garantidas as condições mínimas de arruamento e cidadania a ação da criminalidade é significativamente menor", afirma Bondaruk.
O coronel elogiou o interesse dos parlamentares pelo tema. "Eu quero agradecer ao convite dos vereadores. Esta foi a primeira vez que o poder público me chamou para conversamos a fundo sobre a arquitetura contra o crime, com a intenção de estabelecer uma parceria longa. É uma ajuda muito importante para a Polícia Militar", completa Bondaruk, que doará à biblioteca da Câmara textos técnicos para orientar futuros projetos com base nos conceitos do urbanismo contra o crime. Nesse ano, o coronel foi agraciado com o prêmio Hermès de LInnovation, concedido pelo Instituto Europeu de Inovação e Estratégias Criativas, na categoria Inovação e Desenvolvimento Humano, pelo seu trabalho. "Eu gostaria que Curitiba fosse pioneira nessa área. Estive agora na França e a prefeitura de Paris demonstrou interesse pelo assunto", disse o coronel, que aceitou a sugestão dos vereadores para eleger uma região onde, em conjunto com a administração municipal, possa ser colocado em prática uma experiência piloto do urbanismo contra a violência.
O coronel da PM apresentou aos vereadores várias situações em que cuidados de urbanismo resolveriam para diminuir a violência, ressaltando a eficácia de ações simples como a substituição de muros altos por grades, por exemplo, ou a harmonização do paisagismo com a iluminação pública, garantindo a boa iluminação das vias públicas. "A permeabilidade visual e a apropriação dos espaços públicos pelos cidadãos inibe a ação dos criminosos", afirmou Bondaruk, que expôs aos vereadores a necessidade dos governos adotarem medidas para evitar o fechamento das propriedades provocado pelo sentimento de insegurança, pois isso favorece a criminalidade ao criar becos, desvãos e ruas desertas. "O papel dos vereadores é fundamental. É preciso haver incentivo fiscal para quem siga os preceitos da arquitetura contra a violência em suas casas. As câmaras municipais podem facilitar a ação da prefeitura no combate sistemático aos imóveis abandonados, por exemplo", apontou o coronel, que é autor de livros pioneiros na área e se prepara para lançar nas próximas semanas a cartilha "Nossos municípios mais seguros", em parceria com o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (Crea-PR).
Bondaruk defende a criação de um Instituto Municipal de Segurança Pública, voltado para o estudo das medidas de defesa social cabíveis às cidades, como a ponderação entre a legislação ambiental e a redução da violência. "A comissão pode ser proponente de leis que preencham as lacunas apontadas pelo coronel, como os imóveis abandonados e a inclusão da secretaria municipal de Defesa Social no trâmite de aprovação de novos empreendimentos de construção civil na capital, por exemplo", adiantou o vereador Tico Kuzma (PSB), presidente da Comissão de Urbanismo, composta também pelos vereadores Omar Sabbag Filho (PSDB), Felipe Braga Côrtes (PSDB), Julieta Reis (DEM) e Jonny Stica (PT).
"A Câmara Municipal está interessada em políticas públicas de segurança para a população de Curitiba, principalmente aquelas que considerem os aspectos de metrópole da capital", destacou Sabbag Filho, autor do convite que resultou na visita do coronel Bondaruk à comissão. Os parlamentares e o convidado combinaram de realizar ainda em novembro uma nova atividade para debater o tema com estudantes universitários, profissionais do setor e a Prefeitura de Curitiba. Bondaruk convidou os membros da comissão a visitarem o Guatupê e a procurá-lo sempre que houver a necessidade de debater um projeto relacionado a àrea. O coronel colocou-se à disposição para coordenar um curso de formação para técnicos da Câmara, a fim de difundir o conhecimento que obteve após anos de estudo na área. "O Plano Diretor, o zoneamento, o Estatuto das Cidades, todos esses códigos influenciam na qualidade da segurança ofertada aos cidadãos. Eu estudei quase todos os bolsões de pobreza de Curitiba. Onde estão garantidas as condições mínimas de arruamento e cidadania a ação da criminalidade é significativamente menor", afirma Bondaruk.
O coronel elogiou o interesse dos parlamentares pelo tema. "Eu quero agradecer ao convite dos vereadores. Esta foi a primeira vez que o poder público me chamou para conversamos a fundo sobre a arquitetura contra o crime, com a intenção de estabelecer uma parceria longa. É uma ajuda muito importante para a Polícia Militar", completa Bondaruk, que doará à biblioteca da Câmara textos técnicos para orientar futuros projetos com base nos conceitos do urbanismo contra o crime. Nesse ano, o coronel foi agraciado com o prêmio Hermès de LInnovation, concedido pelo Instituto Europeu de Inovação e Estratégias Criativas, na categoria Inovação e Desenvolvimento Humano, pelo seu trabalho. "Eu gostaria que Curitiba fosse pioneira nessa área. Estive agora na França e a prefeitura de Paris demonstrou interesse pelo assunto", disse o coronel, que aceitou a sugestão dos vereadores para eleger uma região onde, em conjunto com a administração municipal, possa ser colocado em prática uma experiência piloto do urbanismo contra a violência.
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