UPA do CIC será reaberta no segundo semestre, diz Baracho
Fechada para reforma em novembro de 2016, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do CIC será devolvida à população no segundo semestre deste ano. A informação foi dada à imprensa pelo secretário municipal da Saúde, João Carlos Baracho, na Câmara de Curitiba, nesta quarta-feira (24), após a audiência pública quadrimestral de prestação de contas (leia mais). Após a apresentação, ele respondeu a colocações por mais de uma hora, com 18 vereadores se revezando nas perguntas e comentários.
Baracho disse aos parlamentares que, dentro das prioridades da Saúde, após inaugurar a UPA do Tatuquara a medida seguinte era reabrir a unidade do CIC. “Não há previsão, além dessa do CIC, da construção de mais UPAs”, frisou o secretário, afirmando que a capacidade instalada é suficiente para os atendimentos de urgência e emergência. Sem dar prazo, Baracho falou em adicionar à rede uma unidade para casos de saúde mental. “Estamos pensando em uma unidade de estabilização, para concentrar esses atendimentos, que hoje ficam espalhados”, comentou.
Falando de obras, disse que só a UPA do CIC e a Unidade de Saúde Jardim Aliança, no Santa Cândida, estão previstas para 2017. “Com um recurso da Secretaria de Estado da Saúde queremos iniciar a reforma de 13 postos de saúde em situação mais crítica, para que haja melhores condições de trabalho”, completou. Buscando ser otimista, disse que ao analisar o PPA (Plano Plurianual) tentará antecipar para 2018 e 2019 obras previstas para o fim da gestão.
“Depois da boataria toda [sobre o fechamento de UPAs, uma questão frequente na audiência pública], prefiro ficar quieto. Se fosse para eleger alguma para reformar, eu consideraria o que disse o Conselho Regional de Medicina, que já alertou sobre a falta de infraestrutura na UPA Pinheirinho. Ela precisaria passar por readequação”, disse o gestor do SUS em Curitiba, sem detalhar se há estudos nesse sentido. Depois, acrescentou que levar o setor de radiologia para a UPA Campo Comprido também era uma meta.
A audiência pública foi conduzida pela vereadora Maria Leticia Fagundes (PV), presidente da Comissão de Saúde, e secretariada por Osias Moraes (PRB). Participaram com perguntas e comentários Mestre Pop (PSC), Oscalino do Povo (PTN) e Noemia Rocha (PMDB), membros do colegiado, mais os parlamentares Rogerio Campos (PSC), Jairo Marcelino (PSD), Zezinho Sabará (PDT), Goura (PDT), Geovane Fernandes (PTB), Mauro Bobato (PTN), Maria Manfron (PP), Marcos Vieira (PDT), Mauro Ignácio (PSB), Bruno Pessuti (PSD), Pier Petruzziello (PTB) e Serginho do Posto (PSDB).
Reforço da segurança
Membro do Conselho Municipal de Saúde e representante da Unilehu (Universidade Livre para Eficiência Humana), Ricardo Vilarinho da Costa cobrou de Baracho medidas para garantir a segurança dos usuários que aguardam para ser atendidos nos postos de saúde. “Tivemos muitos roubos dentro das unidades de saúde, pessoas [assaltadas] nas filas [das unidades de saúde] e dentro das unidades”, alertou, pedindo a instalação de câmeras de segurança e integração dos serviços terceirizados de vigilância patrimonial com a Guarda Municipal. “Já fizemos o levantamento desse custo”, respondeu Baracho.
“Conversamos com o secretário da Defesa Social, Algacir Mikalovski, e combinamos que a Guarda Municipal trabalhará para manter nas UPAs um ambiente tranquilo, preservando os funcionários e as pessoas que frequentam”, completou, adiantando que o contrato com a empresa G5 passa por revisão na Prefeitura de Curitiba, e que isso facilitaria ajustes no modelo atual de segurança das unidades de saúde.
Dívida da Feaes
Sobre a situação financeira da Feaes (Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba), que administra o Hospital do Idoso, a Maternidade Bairro Novo e outros programas municipais, João Carlos Baracho disse que a dívida da fundação é de R$ 78,8 milhões. “R$ 69 milhões da gestão passada”, frisou, lembrando que o valor foi considerado dentro do ajuste fiscal da prefeitura.
O secretário da Saúde também pontuou que os pagamentos deste ano aos hospitais e fornecedores está em dia, declarando não ver dificuldade em cumprir o investimento constitucional mínimo ao longo do ano. Baracho relatou que está “em fase de maturação” uma repactuação da rede de saúde em âmbito metropolitano e que negocia com o Ministério da Saúde a revisão do teto financeiro de Curitiba, “que não era revisto desde 2011, logo, perdemos R$ 20 milhões por ano para o município”.
Confira a íntegra da audiência pública no canal da Câmara de Curitiba no Youtube. Acompanharam a prestação de contas Márcia Gross, chefe de gabinete da secretaria municipal de Saúde, Cláudia de Souza, assistente do secretário, os superintendentes Paulo Campos, Marcia Husulak, Neucimari Amaral e Juliane Oliveira, a diretora da Feaes, Adriana Kraft e, do conselho da Unidade de Saúde Medianeira, Maria Elisabete, João Batista Alvez, Maria Aparecida, Joselita Martins, Maria Kobayash e Suely Teixeira.
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