UPA do Boa Vista é pronto-socorro da RMC, alertam médicos
Em vistoria realizada na manhã desta quinta-feira (3) na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Boa Vista, a Comissão de Saúde, Bem-Estar Social e Esporte da Câmara de Curitiba conversou com pacientes, funcionários e ouviu, da coordenadora de médicos da unidade, Jacqueline Santos, o alerta de que a UPA funciona como um pronto-socorro da Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Segundo ela, 45% dos 16 mil atendimentos mensais prestados na unidade são para moradores de outras cidades.
A situação pôde ser constatada pelos vereadores Noemia Rocha (PMDB) e Chicarelli (PSDC), que ouviram o relato do paciente Fernando Ramos Vasconcelos, morador de Colombo. Ele relatou ter buscado auxílio em uma unidade de saúde perto de sua casa, por estar com a pressão alterada, mas alegou não ter sido atendido. “Apenas mediram a minha pressão e me mandaram para cá”, reclamou.
Outro caso envolvendo paciente da RMC foi relatado pela autoridade sanitária da UPA, Tania Maas. “Hoje pela manhã veio uma ambulância de Itaperuçu e deixou um idoso aqui, sangrando, sem agasalhos ou documentos”. Na opinião de Noemia Rocha, que é preside o colegiado de Saúde, este é um dos principais problemas a ser enfrentado na rede municipal. “Precisamos de uma legislação que normatize esses procedimentos. Os outros municípios não podem se eximir de suas responsabilidades”, apontou a parlamentar.
Médicos
Uma das preocupações dos parlamentares era em relação ao número de médicos disponíveis e se todos estavam cumprindo suas jornadas de trabalho. Após checar as escalas de trabalho, foi verificado que os profissionais estavam em seus postos. “Esta equipe de funcionários é muito empenhada, eles precisam receber todo o suporte necessário para atenderem à população”, observou Chicarelli.
Conforme a coordenadora dos médicos, a UPA funciona com três escalas de atendimento. “Pela manhã são nove médicos, mais nove de tarde e outros quatro no período noturno. Durante o dia são quatro clínicos, dois pediatras, um no setor de emergência, um no setor de observação e a coordenação”, esclareceu.
A autoridade sanitária acrescentou que na unidade trabalham 59 médicos e um total de 200 funcionários. “Do último concurso realizado recebemos sete médicos, sendo quatro pediatras e três clínicos. Estamos esperando ainda a convocação de sete auxiliares de enfermagem e dois enfermeiros”, informou.
Atendimento
Os vereadores ouviram algumas reclamações, como demora no atendimento, mas também elogios à equipe da UPA. Filha de João Ferreira Lopes, de 82 anos, Marcia Goes, moradora do bairro Atuba, contou que esta é a terceira vez que seu pai é internado na unidade e que sempre é bem atendido. “Meu pai recebe o oxigênio pela prefeitura e, quando precisa, vem pra cá. Mas fico tranquila, pois eles são excelentes no cuidado com os pacientes.”
Diálogo
Ainda durante a vistoria, os vereadores conversaram com Luiz Tadeu Seidel, presidente do Conselho Distrital de Saúde do Boa Vista. Seidel pediu que haja mais diálogo entre a Câmara Municipal e os conselhos distritais, mas refutou a “partidarização” do assunto. “Nós queremos participar mais e ajudar a melhorar a saúde. Também é preciso ver as dificuldades dos profissionais da área”, observou. O conselheiro avalia como grave o “afogamento” da rede devido ao atendimento a moradores da região metropolitana.
Outro tema questionado pelos integrantes da Comissão de Saúde foi sobre as constantes queixas dos usuários em relação à falta de medicamentos, o que foi confirmado pela equipe da UPA. “Houve uma carência de benzetacil, mas é um problema que está ocorrendo em todo o país em razão de dificuldades com o fabricante”, explicou Tania Maas. Ainda segundo ela, ocorrem atrasos nas entregas dos produtos “por causa de problemas nas licitações”.
“Isso não pode ocorrer. Tanto a regulação dos pacientes quanto a questão dos medicamentos são temas que vamos cobrar da prefeitura”, prometeu Noemia Rocha. Mas mesmo os vereadores não escaparam das cobranças. Uma das pessoas que aguardava atendimento, e não se identificou, cobrou os parlamentares para que a visita não se resumisse a “tirar fotos” e pediu por “resultados concretos”.
Itinerante
A visita à UPA faz parte de uma série de vistorias que a Comissão de Saúde tem feito em diversos equipamentos municipais de saúde e conveniados com o SUS. Neste ano, os parlamentares jé estiveram no Hospital Evangélico, Erasto Gaertner e Santa Madalena Sofia (saiba mais).
A situação pôde ser constatada pelos vereadores Noemia Rocha (PMDB) e Chicarelli (PSDC), que ouviram o relato do paciente Fernando Ramos Vasconcelos, morador de Colombo. Ele relatou ter buscado auxílio em uma unidade de saúde perto de sua casa, por estar com a pressão alterada, mas alegou não ter sido atendido. “Apenas mediram a minha pressão e me mandaram para cá”, reclamou.
Outro caso envolvendo paciente da RMC foi relatado pela autoridade sanitária da UPA, Tania Maas. “Hoje pela manhã veio uma ambulância de Itaperuçu e deixou um idoso aqui, sangrando, sem agasalhos ou documentos”. Na opinião de Noemia Rocha, que é preside o colegiado de Saúde, este é um dos principais problemas a ser enfrentado na rede municipal. “Precisamos de uma legislação que normatize esses procedimentos. Os outros municípios não podem se eximir de suas responsabilidades”, apontou a parlamentar.
Médicos
Uma das preocupações dos parlamentares era em relação ao número de médicos disponíveis e se todos estavam cumprindo suas jornadas de trabalho. Após checar as escalas de trabalho, foi verificado que os profissionais estavam em seus postos. “Esta equipe de funcionários é muito empenhada, eles precisam receber todo o suporte necessário para atenderem à população”, observou Chicarelli.
Conforme a coordenadora dos médicos, a UPA funciona com três escalas de atendimento. “Pela manhã são nove médicos, mais nove de tarde e outros quatro no período noturno. Durante o dia são quatro clínicos, dois pediatras, um no setor de emergência, um no setor de observação e a coordenação”, esclareceu.
A autoridade sanitária acrescentou que na unidade trabalham 59 médicos e um total de 200 funcionários. “Do último concurso realizado recebemos sete médicos, sendo quatro pediatras e três clínicos. Estamos esperando ainda a convocação de sete auxiliares de enfermagem e dois enfermeiros”, informou.
Atendimento
Os vereadores ouviram algumas reclamações, como demora no atendimento, mas também elogios à equipe da UPA. Filha de João Ferreira Lopes, de 82 anos, Marcia Goes, moradora do bairro Atuba, contou que esta é a terceira vez que seu pai é internado na unidade e que sempre é bem atendido. “Meu pai recebe o oxigênio pela prefeitura e, quando precisa, vem pra cá. Mas fico tranquila, pois eles são excelentes no cuidado com os pacientes.”
Diálogo
Ainda durante a vistoria, os vereadores conversaram com Luiz Tadeu Seidel, presidente do Conselho Distrital de Saúde do Boa Vista. Seidel pediu que haja mais diálogo entre a Câmara Municipal e os conselhos distritais, mas refutou a “partidarização” do assunto. “Nós queremos participar mais e ajudar a melhorar a saúde. Também é preciso ver as dificuldades dos profissionais da área”, observou. O conselheiro avalia como grave o “afogamento” da rede devido ao atendimento a moradores da região metropolitana.
Outro tema questionado pelos integrantes da Comissão de Saúde foi sobre as constantes queixas dos usuários em relação à falta de medicamentos, o que foi confirmado pela equipe da UPA. “Houve uma carência de benzetacil, mas é um problema que está ocorrendo em todo o país em razão de dificuldades com o fabricante”, explicou Tania Maas. Ainda segundo ela, ocorrem atrasos nas entregas dos produtos “por causa de problemas nas licitações”.
“Isso não pode ocorrer. Tanto a regulação dos pacientes quanto a questão dos medicamentos são temas que vamos cobrar da prefeitura”, prometeu Noemia Rocha. Mas mesmo os vereadores não escaparam das cobranças. Uma das pessoas que aguardava atendimento, e não se identificou, cobrou os parlamentares para que a visita não se resumisse a “tirar fotos” e pediu por “resultados concretos”.
Itinerante
A visita à UPA faz parte de uma série de vistorias que a Comissão de Saúde tem feito em diversos equipamentos municipais de saúde e conveniados com o SUS. Neste ano, os parlamentares jé estiveram no Hospital Evangélico, Erasto Gaertner e Santa Madalena Sofia (saiba mais).
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba