Projeto de lei do vereador Paulinho Lamarca que prevê treinamento gratuito em todas as unidades de saúde do município para familiares de pacientes vítimas de acidente vascular cerebral (AVC) está tramitação na Câmara de Curitiba. De acordo com a proposta, a doença deve ser comprovada mediante atestados e prontuários.
Segundo o parlamentar, o acidente vascular, mais conhecido como derrame, é uma doença com alto índice de incidência, sendo a terceira principal causa de morte das patologias clínicas. Quando não leva à morte, geralmente deixa seqüelas. O AVC pode ser isquêmico, quando ocorre falta de circulação numa área do cérebro, provocada por obstrução de uma ou mais artérias, trombose ou embolia. Geralmente acontece em pessoas mais velhas, com diabetes, colesterol elevado, hipertensão arterial, problemas vasculares e fumantes. Já o hemorrágico é o sangramento cerebral provocado pelo rompimento de artéria ou vaso sangüíneo, em virtude de hipertensão arterial, problemas na coagulação do sangue e traumatismos. Pode ocorrer em pessoas mais jovens e a evolução é mais grave. Dentre os fatores de risco, destacam-se a hipertensão arterial, o colesterol elevado e o histórico familiar.
Tratamento
“O acidente vascular cerebral é uma emergência médica”, destaca Lamarca em sua justificativa, lembrando que o paciente deve ser encaminhado imediatamente para atendimento hospitalar. Trombolíticos e anticoagulantes podem diminuir a extensão dos danos. A cirurgia pode ser indicada para retirar o coágulo ou êmbolo, aliviar a pressão cerebral ou revascularizar veias ou artérias comprometidas.
“Infelizmente, células cerebrais não se regeneram e nem há tratamento que possa recuperá-las. No entanto, existem recursos terapêuticos capazes de ajudar a restaurar funções, movimentos e fala e, quanto antes começarem a ser aplicados, melhores serão os resultados”, acrescenta o vereador.
“Os pacientes que sofreram AVC necessitam de tratamento que freqüentemente é realizado por familiares”, afirma, ainda, Lamarca complementando que, com o treinamento, os funcionários das unidades de saúde serão capazes de tomar providências de emergências, se necessário.