Última sessão da Câmara Municipal Universitária votou 4 proposições
Os vereadores universitários concluíram, na manhã desta sexta-feira (7), a sequência de sessões plenárias simuladas no Legislativo de Curitiba. Ao longo da semana, eles apresentaram propostas de lei que foram analisadas por comissões temáticas, votadas em plenário e submetidas à análise de um prefeito escolhido entre os participantes do projeto Câmara Municipal Universitária (CMU). Três vetos dele e o desarquivamento de uma proposta foram debatidos hoje pelos estudantes.
A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) é parceira da Universidade Federal do Paraná na realização da CMU, que selecionou 38 estudantes de sete instituições de ensino superior para a atividade (confira a relação). Das 50 propostas de lei apresentadas, 22 foram aprovadas (17 na manhã de quinta e 5 pela tarde). Dos 5 vetos do Executivo, na simulação da atividade legislativa, 2 foram derrubados e 3 mantidos. Uma proposição foi desarquivada – que propunha a incorporação de pneus usados no asfaltamento de Curitiba – e tramitará numa próxima edição da CMU.
“Quero agradecer aos colegas pela participação na simulação. Quem participou, compreendeu a parte técnica e a importância do Poder Legislativo para a cidade”, comentou William Costa Grande, hoje, no início da sessão. Ele seria criticado, ao final da manhã, pela liderança do governo por não ter privilegiado as mulheres na indicação para postos-chave na simulação – enquanto a Comissão Executiva, presidência da Comissão de Constituição e Justiça e líderes de blocos alinhados à oposição ficaram com universitárias.
A crítica foi feita por Vitória Prá, com Costa Grande se desculpando em seguida, ao mesmo tempo em que expunha parte da estratégia usada pela liderança do governo para a articulação política dentro da simulação. “É só assim para verificar como é difícil atuar como um parlamentar”, tinha dito ele no início da sessão. Primeira secretária da CMU, Eduarda Pelentier lembrou que esta edição começou com conflitos entre os participantes, mas se constituiu “num marco na vida de todos”. “A convivência é um desafio, mas fico feliz em saber que consolidamos amizades. Foi objeto de crescimento pessoal e profissional”, declarou.
“Ocupar a presidência da Mesa foi uma experiência incrível”, acrescentou Renata Trajan. “Observar todas as experiências e as emoções que vocês deixam fluir é fantástico. Nunca tinha me interessado pela vida pública”, comentou a vereadora universitária, dizendo que se inscreveu no projeto porque na atuação como pesquisadora – Renata é estudante de Direito – sempre era questionada sobre a aplicabilidade prática do conhecimento.
O testemunho dos participantes mais jovens contrasta bastante com o dado por Isaías do Povo – o mais velho dos vereadores universitários. “Ao longo dos meus 60 anos, enfrentei muitos obstáculos e resolvi fazer Direito. [Agora me vejo] servindo de motivação para jovens que pensam em desistir. A vida é superação, isto aqui é superação”, afirmou. Edevaldo Silva chegou a orar na tribuna, durante o pequeno expediente, pedindo que todos fossem abençoados e que ninguém “saísse com rancor”. Na votação dos vetos, disponível no YouTube, depois de debates acalorados, foram vedadas aulas de empreendedorismo na educação básica, a elevação do limite de velocidade na Área Calma de 40 km/h para 60 km/h e alteração no limite de ruído imposto aos alertas sonoros dos trens dentro da área urbana.
O encerramento desta edição da CMU acontece hoje, dia 7 de junho, às 14 horas, no plenário do Legislativo.
Formação política
Essa não é a primeira vez que a Câmara de Curitiba realiza atividades de extensão universitária. Em julho de 2018, a Câmara Municipal recebeu projeto semelhante, chamado Parlamento Universitário, em que 38 estudantes universitários analisaram 42 projetos de lei elaborados por eles mesmos, debatendo-os num plenário simulado – 25 foram aprovados.
Em outra parceria, com o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), a CMC já recebeu duas edições do Parlamento Jovem, que também simula o processo legislativo. A diferença é que neste projeto o público-alvo são jovens de 15 e 18 anos de idade. Quando esteve na Câmara para tratar do projeto o presidente do TRE-PR, desembargador Luiz Taro Oyama, defendeu a realização de ações como estea, pois “a educação política é a educação para o conhecimento e para a compreensão do nosso mundo, do nosso tempo” (leia mais).
A Câmara de Curitiba ainda mantém um programa de visita guiada para receber qualquer pessoas que esteja interessada em conhecer o funcionamento do Legislativo e o papel dos vereadores. Estudantes do 1º ano do ensino fundamental até a faculdade, comitivas de outros países e demais interessados recebem orientações de como são realizadas as reuniões de comissões e sessões plenárias, o que faz um vereador e como a Câmara contribui para o desenvolvimento da cidade. O agendamento das visitas guiadas é realizado pelo site da Câmara (clique aqui).
A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) é parceira da Universidade Federal do Paraná na realização da CMU, que selecionou 38 estudantes de sete instituições de ensino superior para a atividade (confira a relação). Das 50 propostas de lei apresentadas, 22 foram aprovadas (17 na manhã de quinta e 5 pela tarde). Dos 5 vetos do Executivo, na simulação da atividade legislativa, 2 foram derrubados e 3 mantidos. Uma proposição foi desarquivada – que propunha a incorporação de pneus usados no asfaltamento de Curitiba – e tramitará numa próxima edição da CMU.
“Quero agradecer aos colegas pela participação na simulação. Quem participou, compreendeu a parte técnica e a importância do Poder Legislativo para a cidade”, comentou William Costa Grande, hoje, no início da sessão. Ele seria criticado, ao final da manhã, pela liderança do governo por não ter privilegiado as mulheres na indicação para postos-chave na simulação – enquanto a Comissão Executiva, presidência da Comissão de Constituição e Justiça e líderes de blocos alinhados à oposição ficaram com universitárias.
A crítica foi feita por Vitória Prá, com Costa Grande se desculpando em seguida, ao mesmo tempo em que expunha parte da estratégia usada pela liderança do governo para a articulação política dentro da simulação. “É só assim para verificar como é difícil atuar como um parlamentar”, tinha dito ele no início da sessão. Primeira secretária da CMU, Eduarda Pelentier lembrou que esta edição começou com conflitos entre os participantes, mas se constituiu “num marco na vida de todos”. “A convivência é um desafio, mas fico feliz em saber que consolidamos amizades. Foi objeto de crescimento pessoal e profissional”, declarou.
“Ocupar a presidência da Mesa foi uma experiência incrível”, acrescentou Renata Trajan. “Observar todas as experiências e as emoções que vocês deixam fluir é fantástico. Nunca tinha me interessado pela vida pública”, comentou a vereadora universitária, dizendo que se inscreveu no projeto porque na atuação como pesquisadora – Renata é estudante de Direito – sempre era questionada sobre a aplicabilidade prática do conhecimento.
O testemunho dos participantes mais jovens contrasta bastante com o dado por Isaías do Povo – o mais velho dos vereadores universitários. “Ao longo dos meus 60 anos, enfrentei muitos obstáculos e resolvi fazer Direito. [Agora me vejo] servindo de motivação para jovens que pensam em desistir. A vida é superação, isto aqui é superação”, afirmou. Edevaldo Silva chegou a orar na tribuna, durante o pequeno expediente, pedindo que todos fossem abençoados e que ninguém “saísse com rancor”. Na votação dos vetos, disponível no YouTube, depois de debates acalorados, foram vedadas aulas de empreendedorismo na educação básica, a elevação do limite de velocidade na Área Calma de 40 km/h para 60 km/h e alteração no limite de ruído imposto aos alertas sonoros dos trens dentro da área urbana.
O encerramento desta edição da CMU acontece hoje, dia 7 de junho, às 14 horas, no plenário do Legislativo.
Formação política
Essa não é a primeira vez que a Câmara de Curitiba realiza atividades de extensão universitária. Em julho de 2018, a Câmara Municipal recebeu projeto semelhante, chamado Parlamento Universitário, em que 38 estudantes universitários analisaram 42 projetos de lei elaborados por eles mesmos, debatendo-os num plenário simulado – 25 foram aprovados.
Em outra parceria, com o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), a CMC já recebeu duas edições do Parlamento Jovem, que também simula o processo legislativo. A diferença é que neste projeto o público-alvo são jovens de 15 e 18 anos de idade. Quando esteve na Câmara para tratar do projeto o presidente do TRE-PR, desembargador Luiz Taro Oyama, defendeu a realização de ações como estea, pois “a educação política é a educação para o conhecimento e para a compreensão do nosso mundo, do nosso tempo” (leia mais).
A Câmara de Curitiba ainda mantém um programa de visita guiada para receber qualquer pessoas que esteja interessada em conhecer o funcionamento do Legislativo e o papel dos vereadores. Estudantes do 1º ano do ensino fundamental até a faculdade, comitivas de outros países e demais interessados recebem orientações de como são realizadas as reuniões de comissões e sessões plenárias, o que faz um vereador e como a Câmara contribui para o desenvolvimento da cidade. O agendamento das visitas guiadas é realizado pelo site da Câmara (clique aqui).
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba