Tribuna Livre divulga serviço para evitar filas nas UPAs de Curitiba
“Se é um problema de saúde que começou há menos de sete dias, a pessoa pode ligar para a Central Saúde Já, no telefone 3350-9000, e ter a orientação médica, com prescrição [de medicamentos], em 15 minutos”, afirmou o coordenador de enfermagem da Central Saúde Já, Jonas Souza da Silva, nesta quarta-feira (10), durante a Tribuna Livre da Câmara Municipal de Curitiba (CMC). Ele foi convidado pelo vereador Mauro Bobato (PP) para apresentar o trabalho da Central ao Legislativo.
Jonas da Silva comemorou que, nos últimos quatro anos, a Central Saúde Já realizou mais de 1 milhão de atendimentos, com 85% de resolutividade. Ele explicou que quem telefona para a central passa por uma triagem, feita por profissionais treinados para classificar os casos conforme o Protocolo de Manchester, sendo depois encaminhados conforme a complexidade da situação. “No último ano, realizamos 110 mil consultas médicas, uma média de 403 por dia”, informou.
Com 85 funcionários, a Central Saúde Já presta orientação sobre sintomas respiratórios, vacinação, amamentação, profilaxia pré-exposição ao HIV, atendimento ao paciente ostomizado, atualização cadastral, verificação de documentos emitidos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e tira dúvidas sobre o aplicativo da Prefeitura de Curitiba. Jonas da Silva apontou que apenas 8,6% dos casos são urgentes, classificados como laranja (6,8%) e vermelho (1,8%) no Protocolo de Manchester.
Pedindo a ajuda dos vereadores na divulgação da Central Saúde Já, Jonas da Silva agradeceu pela oportunidade de utilizar a Tribuna Livre para a prestação de contas da iniciativa, e se colocou à disposição para participar, por exemplo, da audiência pública sugerida por Mauro Bobato. “Hoje é um marco histórico para a enfermagem, que desempenha um papel essencial na saúde digital”, comemorou. Ele disse que o projeto começou no dia 12 de março de 2020, quando tivemos o primeiro caso de coronavírus na cidade, como resposta da gestão pública à busca da população por proteção e informações.
Dez vereadores fizeram perguntas ao coordenador da Central Saúde Já
O coordenador da Central Saúde Já agradeceu a Mauro Bobato e Marcelo Fachinello (Pode) pela oportunidade e respondeu a perguntas de Bruno Pessuti (Pode), Sidnei Toaldo (PRD), Alexandre Leprevost (União), João da 5 Irmãos (MDB), Indiara Barbosa (Novo), Professora Josete (PT), Rodrigo Reis (PL) e Sargento Tânia Guerreiro (Pode). Concordando com Pessuti, Jonas da Silva disse que os profissionais da Central já tomam cuidado para não consumir o pacote de dados dos cidadãos, logo seria bom que as operadoras não cobrassem pelas interações via celular.
Indiara Barbosa relatou que, quando teve suspeita de covid-19, procurou a Central Saúde Já. “Usei o serviço e em 40 minutos estava com o exame agendado”, disse a vereadora, que perguntou sobre a expansão desse atendimento. Jonas da Silva respondeu que isso depende do treinamento da equipe, mas que há estudos para levar o modelo da UPA Fazendinha, onde funcionam cabines de teleconsulta, para mais unidades da cidade. Tico Kuzma (PSD) comentou que a Central, pelo volume de atendimentos, equivale a 9 UPAs físicas.
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