Tribuna Livre destaca 50 anos da Paróquia Nossa Senhora da Conceição

por Assessoria Comunicação publicado 29/11/2017 13h25, última modificação 22/10/2021 10h21

Por proposição de Oscalino do Povo (Pode), a Tribuna Livre da Câmara de Curitiba foi ocupada pelo frei Gentil Lima, que falou sobre o Jubileu de Ouro da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, localizada na Vila Fanny. “Eu me consumo de zelo pela causa do senhor. Este é o lema dos carmelitas”, disse o convidado, durante a sessão desta quarta-feira (29). Ele divulgou o convite para a celebração dos 50 anos de presença da congregação em Curitiba, no dia 10 dezembro.

“Este parlamento acolhe com muita satisfação esta Tribuna Livre que pretende homenagear o Jubileu de Ouro referente aos 50 anos da Paróquia Nossa Senhora da Conceição. A data tem um significado especial para mim e tantos outros que congregamos há tanto tempo nessa paróquia”, afirmou Oscalino, que destacou o trabalho dos freis carmelitas.  

Segundo Frei Lima, a ordem dos carmelitas chegou ao Brasil “na época da colonização”. Eles são orientados, explicou, pelo profeta Elias, “um profeta muito valente, do Livro de Reis [Velho Testamento], que tentou desmascarar os falsos deuses. Fez verdadeiras jornadas”. “Nasceu no monte Carmelo e foi fruto das cruzadas indo defender a Terra Santa. Chegando lá, muitos ficaram naquelas grutas, no monte Carmelo, e passaram a viver esse ideal. Chegamos ao Paraná em 1950 [a Paranavaí]”, continuou. Em Curitiba, eles estão desde 1967.

“Sempre estamos em comunidade. Alguns trabalhos se destacaram bastante e têm consequências boas, benéficas”, disse. Ele destacou que Fernando Goes, fundador da Chácara 4 Pinheiros, “era estudante nosso e pediu para ser liberado, e gente sabe os frutos”. “Outro é do frei Chico, ligado a dependentes químicos”, apontou. “Sempre participamos também do Projeto Rondon [do governo federal], além da pastoral.”

“De vez em quando a gente vê a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil se manifestando sobre vários assuntos. Como a Igreja Católica pode ajudar na recuperação do país?”, perguntou Professor Euler (PSD). “O fato de sermos um país que foi colonizado junto com a igreja, apesar de esta ter deixado também marcas negativas, forças que não eram tão libertadoras, como a escravidão, tanto do negro quanto do índio, sabemos que fizemos parte disso, mas ela foi fundamental a aspectos que usufruímos hoje como sociedade, como para a escola. A raiz mais profunda foi a partir da igreja”, respondeu. “São José, que depois se tornou Manaus, foi fundada pelos carmelitas. Hoje um órgão como a CNBB sabemos da importância que tem.”

Noemia Rocha (PMDB) salientou que é evangélica, filha de um pastor, e defendeu a atuação das “comunidades religiosas, tanto católicas quanto espíritas e evangélicas, fazendo o trabalho do Estado”. “Elas precisam do apoio do poder público”, afirmou, citando atividades voltadas à recuperação de dependentes químicos. “Vejo que a igreja tem apoio, mas insuficiente”, respondeu o frei.

Mauro Bobato (Pode) e Marcos Vieira (PDT) lamentaram que frei Lima deixará Curitiba no próximo ano, rumo a Paranavaí. O convidado e o Jubileu de Ouro também foram saudados pelo presidente da Casa, Serginho do Posto (PSDB), por Geovane Fernandes (PTB), por Julieta Reis (DEM) e por Maria Manfron (PP). A Tribuna Livre foi acompanhada, ainda, pelo frei Kleiton Jesus Ribeiro; pelo secretário da paróquia, Marcos Antonio Vilseque; e pelo sacristão e paroquiano, Vinicius Alexandre.