Tribuna Livre debateu a atualidade da luta feminista
O compromisso da Câmara de Curitiba com a luta feminista e a valorização da mulher na sociedade foram os temas da Tribuna Livre, nesta quarta-feira (10), no plenário do Legislativo. Convidada pela vereadora Professora Josete (PT), uma das organizadoras da Marcha Mundial das Mulheres, Janeslei Aparecida Albuquerque (professora e Secretaria de Formação Política da APP-Sindicato), explicou o que é o movimento e traçou um histórico da luta feminista, destacando a progressiva conquista de direitos e liberdades “contra a opressão do patriarcado masculino”.
“Curitiba é uma das capitais com os maiores índices de violência contra as mulheres. No Brasil, o Paraná conta com um dos maiores índices de violência contra mulheres, juventude e população negra. Toda essa violência não começou ontem. A história da humanidade nada mais é que a história da luta de classes. A história das mulheres é também uma história permanente e reiterada de violência”, reclamou Janeslei.
A Marcha é realizada anualmente no mês de março, na celebração do Dia Internacional da Mulher. O movimento mundial começou em 2000, no Canadá, ocasião em que 850 mulheres percorreram 250 Km (duas vezes a distância entre Curitiba e o Litoral do Paraná) pedindo “pão e rosas”, numa tentativa de chamar a atenção para os problemas sociais da fome e da violência. Em 2010, três mil participantes dessa atividade no Brasil.
“O pior não são os homens, que são machistas e patriarcais, mas acontece quando as mulheres incorporam essa estrutura. Muitas, que inclusive ocupam espaços públicos, falam contra o feminismo. O discurso que desvaloriza a história das mulheres segue vivo na sociedade atual”, alertou Janeslei, que há 20 anos é professora da rede estadual.
Ela argumenta que, com as mudanças na economia mundial, as mulheres ganharam mais espaço na sociedade conforme conquistaram independência financeira. “Se tem algo que garante independência é podermos pagar nossas próprias contas. É você se casar porque encontrou um companheiro que te faça feliz, e não porque vai ajudar a pagar suas contas”, celebrou Janeslei.
“Não podíamos votar, porque éramos consideradas incapazes. Não podíamos trabalhar. Hoje, o magistério possui mais mulheres que homens, porque foi a primeira profissão que nos autorizaram a trabalhar, porque era considerada uma extensão do lar”, explicou a professora, que associa o fato de as mulheres serem, em geral, mais pobres que os homens por ter sido negado a elas “o direito de trabalhar”.
Na sua palestra, a convidada defendeu a ampliação da rede de creches e mais condições para que consigam melhores postos de trabalho. “Venho reivindicar que as políticas de proteção à infância são políticas para as mulheres. Porque a maioria das crianças sem genitores são abandonadas por seus pais. A creche, a educação infantil, a proteção à infância é urgente. Para que as mães possam trabalhar”.
O presidente da Câmara de Curitiba, Paulo Salamuni, e o líder do prefeito, Pedro Paulo (PT), destacaram positivamente a atuação feminina no Legislativo. Os vereadores Valdemir Soares (PRB) e Carla Pimentel (PSC) criticaram a violência contra a mulher e defenderam a inclusão desse tema na pauta dos Direitos Humanos. Cristiano Santos (PV), Mestre Pop (PSC) e Noemia Rocha (PMDB) também defenderam uma participação feminina cada vez maior e igualitária na sociedade. "Nós temos muito a avançar, no que diz respeito à divisão sexual do trabalho. Nós só teremos avançado, quando os homens puderem dividir conosco o trabalho em casa", comentou Josete, já no horário das explicações pessoais.
Todas as quartas-feiras a Câmara de Curitiba abre espaço para entidades e movimentos sociais apresentarem temas para debate, ocupando a tribuna durante a sessão plenária.
“Curitiba é uma das capitais com os maiores índices de violência contra as mulheres. No Brasil, o Paraná conta com um dos maiores índices de violência contra mulheres, juventude e população negra. Toda essa violência não começou ontem. A história da humanidade nada mais é que a história da luta de classes. A história das mulheres é também uma história permanente e reiterada de violência”, reclamou Janeslei.
A Marcha é realizada anualmente no mês de março, na celebração do Dia Internacional da Mulher. O movimento mundial começou em 2000, no Canadá, ocasião em que 850 mulheres percorreram 250 Km (duas vezes a distância entre Curitiba e o Litoral do Paraná) pedindo “pão e rosas”, numa tentativa de chamar a atenção para os problemas sociais da fome e da violência. Em 2010, três mil participantes dessa atividade no Brasil.
“O pior não são os homens, que são machistas e patriarcais, mas acontece quando as mulheres incorporam essa estrutura. Muitas, que inclusive ocupam espaços públicos, falam contra o feminismo. O discurso que desvaloriza a história das mulheres segue vivo na sociedade atual”, alertou Janeslei, que há 20 anos é professora da rede estadual.
Ela argumenta que, com as mudanças na economia mundial, as mulheres ganharam mais espaço na sociedade conforme conquistaram independência financeira. “Se tem algo que garante independência é podermos pagar nossas próprias contas. É você se casar porque encontrou um companheiro que te faça feliz, e não porque vai ajudar a pagar suas contas”, celebrou Janeslei.
“Não podíamos votar, porque éramos consideradas incapazes. Não podíamos trabalhar. Hoje, o magistério possui mais mulheres que homens, porque foi a primeira profissão que nos autorizaram a trabalhar, porque era considerada uma extensão do lar”, explicou a professora, que associa o fato de as mulheres serem, em geral, mais pobres que os homens por ter sido negado a elas “o direito de trabalhar”.
Na sua palestra, a convidada defendeu a ampliação da rede de creches e mais condições para que consigam melhores postos de trabalho. “Venho reivindicar que as políticas de proteção à infância são políticas para as mulheres. Porque a maioria das crianças sem genitores são abandonadas por seus pais. A creche, a educação infantil, a proteção à infância é urgente. Para que as mães possam trabalhar”.
O presidente da Câmara de Curitiba, Paulo Salamuni, e o líder do prefeito, Pedro Paulo (PT), destacaram positivamente a atuação feminina no Legislativo. Os vereadores Valdemir Soares (PRB) e Carla Pimentel (PSC) criticaram a violência contra a mulher e defenderam a inclusão desse tema na pauta dos Direitos Humanos. Cristiano Santos (PV), Mestre Pop (PSC) e Noemia Rocha (PMDB) também defenderam uma participação feminina cada vez maior e igualitária na sociedade. "Nós temos muito a avançar, no que diz respeito à divisão sexual do trabalho. Nós só teremos avançado, quando os homens puderem dividir conosco o trabalho em casa", comentou Josete, já no horário das explicações pessoais.
Todas as quartas-feiras a Câmara de Curitiba abre espaço para entidades e movimentos sociais apresentarem temas para debate, ocupando a tribuna durante a sessão plenária.
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