Tribuna livre: Câmara teve 2.700 estagiários contratados via CIEE
Nesta quarta-feira (14), a Câmara de Curitiba entregou votos de congratulações e aplausos ao CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola do Paraná), pelos 50 anos da instituição, completados em 2017. A homenagem foi entregue durante a Tribuna Livre, quando o presidente do CIEE, Arwed Baldur Kirchgässner, falou sobre as atividades da instituição, que só para a Câmara Municipal, já foi responsável pela indicação de 2.700 estagiários nos últimos 20 anos.
“Dos vários serviços e convênios, tem uma excelência nos contratos. Cumpre com todas as exigências e encargos. Ainda tem registro nos conselhos municipais dos direitos das crianças e dos adolescentes em mais de 70 municípios”, destacou o presidente da Câmara, vereador Serginho do Posto (PSDB).
Segundo Arwed Baldur, parcerias com o setor público “impulsionam a imagem do agente de integração”. “São importantes parcerias, temos também um termo de cooperação com a prefeitura para cursos gratuitos à comunidade, nas Ruas da Cidadania e nos Liceus de Ofício, juntamente com a FAS [Fundação de Ação Social]”, contou. Segundo ele, nesses locais são oferecidos cursos de oratória, qualidade de atendimento, empregabilidade, empreendedorismo, entre outros. “É uma parceria não apenas para o jovem, mas para toda a comunidade”, frisou Baldur.
Conforme o presidente, o CIEE surgiu, há 50 anos, a partir de um plano estadual de desenvolvimento para tirar o Paraná da monocultura do café para evoluir à industrialização. “Isso causou transformações econômicas, sociais e culturais no Estado. Isso estimulou professores a criarem ações de educação na área de administração voltadas para a formação”, disse.
Durante a Tribuna Livre, diversos vereadores participaram do debate. Em resposta ao questionamento do Professor Euler (PSD), Baldur explicou as diferenças entre programas de estágio e jovem aprendiz. O primeiro exige que estudantes, de ensino médio e superior, estejam matriculados e frequentando as aulas. Já no programa Jovem Aprendiz, jovens de 14 a 23 anos recebem capacitação teórica dentro do CIEE e depois fazem o aprendizado profissional dentro das empresas.
Na opinião do vereador Felipe Braga Côrtes (PSD), o CIEE realiza um trabalho “maravilhoso” de inserção e contou que seus filhos fazem estágios em empresas via instituição. “Temos uma legislação que impede que se entre no mercado de trabalho como era antigamente. Acho que 16 anos é uma idade suficiente para trabalhar. Acho que é uma idade que pode ser alterada, mas isso é uma discussão muito maior”, pontuou.
Para Professor Silberto (PMDB), programas de estágio são uma forma importante de estimular o senso de responsabilidade nos estudantes. “Como diretor de escola, assinei mais de 300 contratos dos nossos alunos. Isso contribui muito na formação escolar. A partir disso, os alunos valorizam mais a escola, o professor e aquilo que estão estudando”, disse. “Quando ajudamos um jovem, tiramos da rua, tiramos de um risco permanente. Quando conseguimos [um trabalho] para alguém, outros jovens vêm buscando um emprego também”, acrescentou Zezinho Sabará (PDT), dizendo que espera fazer uma parceria com o CIEE para sua miniagência de empregos.
A lei federal 11.788/2008 foi destacada como um importante avanço na garantia de direitos dos estagiários. “Foram avanços e precisamos mantê-los. Os jovens precisam do estágio para que tenham um primeiro contato com o trabalho, mas garantidos os direitos para que estudem”, frisou Professora Josete (PT). Também manifestaram apoio às atividades do CIEE Ezequias Barros (PRP), Maria Manfron (PP), Mauro Bobato (Pode), Noemia Rocha (PMDB) e Tito Zeglin (PDT). Acompanharam a sessão Sergio Almeida, assessor de comunicação do CIEE, Fernanda Ortiz, coordenadora de contratos, Rodrigo Pasini, assessor jurídico, José Moraes, diretor, Paulo Mira, superintendente executivo, José Sarmento, diretor, Silmara Santos, gerente de estágios e Aparecida Stadinicki, secretária executiva.
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