Tribuna Livre: apresentadas ações da Semana Lixo Zero
Além de discutir vandalismo em Curitiba, a Tribuna Livre da sessão desta quarta-feira (8) apresentou ações da Semana do Lixo Zero, realizada entre 20 e 29 de outubro. O convite foi do vereador Helio Wirbiski (PPS), autor da lei municipal 14.767/2015, que instituiu a atividade no calendário oficial de eventos da cidade. Foi destacado em plenário o Fórum de Discussão Curitiba Lixo Zero, promovido pela ONG homônima, no Mercado Municipal; a coleta de eletrônicos realizada pelo Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado do Paraná (Sescap-PR); e o Dia do Desafio Ambiental feito pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no estado do Paraná (Sinduscon-PR).
Segundo Flávia de Sá Sotto Maior, do Curitiba Lixo Zero, a cidade teve 17 eventos alusivos à semana, inclusive uma audiência pública na Câmara Municipal. A meta é chegar ao lixo zero em 2030. “Curitiba neste ano aderiu oficialmente à agenda 2030, da ONU”, explicou. As três pautas principais, apontou, são a separação dos rejeitos, ter em Curitiba ou na região metropolitana recicladores de vidro, além da compostagem. Ela falou, ainda, sobre logística reversa e educação ambiental.
“O que tem a ver um sindicato empresarial tratar lixo eletrônico? Somos um dos grandes produtores. Isso como todos sabem tem vida útil curta. De 2011 até hoje já recolhemos cerca de 476 mil quilos de lixo eletrônico”, declarou Mauro Cesar Kalinke, presidente Sescap-PR. “Além da gente se preocupar com o meio ambiente, gera retorno com aquilo que é comercializável.” Eles coletam aparelhos como rádios, impressoras e monitores.
O Sinduscon-PR foi representado pelo vice-presidente, Newton Borges dos Reis. De acordo com ele, o Dia do Desafio Ambietal coletou, neste ano, 30 toneladas de resíduos sólidos, como gesso, madeira, metais, caliça, pilhas, óleo de cozinha, plástico e lâmpadas. Sobre o descarte inadequado de caliça, “que vai parar em nossos rios e beiras de estradas”, o convidado afirmou que 75% do material é proveniente de pequenas reformas. “O que a gente luta é para que todo esse lixo vá ao local correto”, continuou, pedindo apoio da prefeitura para a fiscalização das caçambas.
Camilo Turmina, primeiro vice-presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), apoiou “pôr preço no nosso lixo”, para que condomínios, empresas e pessoas físicas, por exemplo, comercializem seus resíduos recicláveis. “O lixo é ouro”, disse.
Também participaram do debate os vereadores Julieta Reis (DEM); Bruno Pessuti, Felipe Braga Côrtes e Professor Euler, do PSD; Noemia Rocha (PMDB), Maria Manfron (PP) e Goura (PDT). Eles falaram sobre a licitação do lixo, logística reversa, descarte de resíduos de construção civil, descarte de bitucas, educação ambiental e a campanha divulgada pela prefeitura na última segunda-feira, sobre a qual base do governo e oposição divergiram em plenário.
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