Tribuna livre aborda epilepsia

por Assessoria Comunicação publicado 17/11/2005 18h55, última modificação 07/06/2021 09h18
A Tribuna Livre desta quarta-feira (16), na Câmara Municipal, foi ocupada pela médica Li Hui Ling, do Hospital das Clínicas e da campanha global Epilepsia Fora das Sombras, em Curitiba, para discutir sobre a epilepsia, a convite do verador Zé Maria (PPS).
Em sua saudação, o parlamentar destacou que o tema epilepsia é atual, evidente e com necessidades urgentes de debate, principalmente para acabar com o preconceito  sobre o assunto. "Vamos esclarecer o que é, o que está sendo feito e o que falta sobre a epilepsia, além de buscar a inclusão social para estes indivíduos", comentou o parlamentar.
Li Ling explicou as diversas formas de manifestação da doença, em que os portadores são confundidos com drogados ou loucos, pelos movimentos repetitivos que executam em momentos de crise. "É muito comum serem confundidos, até mesmo porque o indivíduo se desliga do que faz e tem atitudes consideradas estranhas, anormais, cessando em seguida", disse a médica.
Para Li Hui Ling, há grande discriminação nas escolas, causando, conseqüentemente, a exclusão do indivíduo do meio que freqüenta e da impossibilidade de se conseguir emprego. Há, ainda, o problema da ansiedade familiar, na busca pelo tratamento e da cura da epilepsia. "Peço que trabalhemos juntos, em cooperação contínua por esta causa. Precisamos levar informações à comunidade, escolas, postos de saúde, além de verificar se a medicação está sendo entregue nos postos".
O líder do prefeito, vereador Mario Celso Cunha (PSDB), cumprimentou Li Ling pela explanação e ao vereador Zé Maria pela iniciativa. Mario Celso ressaltou que a epilepsia é disfunção cerebral e o portador tem vida normal. "O agito do dia-a-dia e  o estresse do trabalho levam o indivíduo a desenvolver a epilepsia. Muitos não nascem com a doença". O vereador comentou, ainda, que a Prefeitura de Curitiba, através da Secretaria de Saúde, possui programas voltados à epilepsia.
Diversos vereadores cumprimentaram a iniciativa e o esclarecimento, além de se mostrarem solidários à causa de inclusão social.
Números
A campanha Epilepsia fora das Sombras surgiu mundialmente em 1997, tendo início no Brasil em 2002, sendo 1,8% da população brasileira portadora, aproximadamente 3 milhões de pessoas. São 100 mil novos casos por ano. No Paraná, há cerca de 850 mil epiléticos, 30 mil somente em Curitiba. A cada sete minutos, uma pessoa é diagnosticada com a  doença.